Se Putin fechar a torneira, Portugal não vai ficar sem gás natural, disse hoje o Governo português, que também destacou que o país tem reservas petrolíferas suficientes para 90 dias.
“No contexto nacional, em 2021, somente 10% das importações de GN são provenientes da Rússia, pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal”, começa por dizer o ministério do Ambiente e da Ação Climáticas (MAAC) em comunicado.
“Portugal vive hoje num cenário de uma maior diversificação de origens do GN que importa e, sendo o mercado de GN global, existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável ao GN vindo da Rússia”, acrescenta.
Simultaneamente, Portugal dispõe de “elevados níveis de armazenamento de GN (79,2% da capacidade total), que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais”.
Depois, a tutela de João Pedro Matos Fernandes garante que “não se verificaram quaisquer falhas nas entregas de GNL no terminal de Sines e a calendarização de fevereiro e março decorre como programado pelos agentes de mercado”.
Em relação ao petróleo bruto (crude) e seus derivados, “não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020. Os produtos intermédios que se importaram da Rússia, e que representam uma pequena fração do total, têm fornecedores alternativos no mercado internacional”.
Por fim, o país “dispõe de reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL), os quais, no caso dos combustíveis, são suficientes para garantir o consumo nacional durante 90 dias”.
O ministério do Ambiente garante que o “abastecimento do Sistema Nacional de Gás e do Sistema Petrolífero Nacional estão salvaguardadas, merecendo e tendo, necessariamente, o acompanhamento próximo e constante pelo Governo e demais entidades competentes”.
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