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Portugal vai deixar o grupo de países “que estão na cauda do indicador da dívida”, diz Centeno

“A tratéjoria da redução da dívida mantém-se e coloca a dívida em patamares claramente inferiores a 120% do PIB e totalmente compatíveis com o objetivo estabelecido para esta legislatura de trazer a divida para níveis inferiores a 100%”, vincou o ministro das Finanças.
  • Cristina Bernardo
17 Dezembro 2019, 09h23

A descida do rácio da dívida pública projetada na proposta de Orçamento do Estado para 2020 demonstra que o Governo está confiante na meta de cortar o endividamento para abaixo dos 100% do PIB no final desta legislatura e dessa forma retirar Portugal do lote de países que estão “na cauda” desse indicador, afirmou esta terça-feira Mário Centeno, ministro das Finanças.

Centeno falava em conferência de imprensa, após ter na véspera entregue ao Parlamento a proposta do Orçamento do Estado de 2020, que prevê um excedente orçamental de 0,2% (o primeiro em décadas), crescimento económico de 1,9% e uma queda da dívida pública para 116,2% do Produto Interno Bruto.

“A sustentabilidade das finanças públicas resume-se não apenas ao saldo orçamental, mas também na dívida”, referiu o ministro.

“A trajetória da redução da dívida mantém-se e coloca a dívida em patamares claramente inferiores a 120% do PIB e totalmente compatíveis com o objetivo estabelecido para esta legislatura de trazer a divida para níveis inferiores a 100%”, adiantou.

Segundo Centeno, isto permitirá que as contas públicas portuguesas “deixem um grupo de países que estão na cauda deste indicador da dívida e se aproxime de um outro grupo de países que têm níveis de dívida intermédios”.

O ministro das Finanças apontou ainda para “uma grande diferença”.

“Portugal está a reduzir a dívida pública enquanto esse países não estão a fazê-lo, ou seja, a sustentabilidade do processo das contas portuguesas é claramente superior à desses países. Isto é muito importante no contexto de financiamento da nossa economia”, frisou.

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