A farmacêutica portuguesa LxBio Pharmaceuticals está a fazer um roadshow para captar financiamento para o investimento de 60 milhões de euros para a construção de uma unidade para desenvolvimento e fabrico de medicamentos biológicos em Portugal.
A unidade será construída no concelho de Oeiras, empregará cerca de 100 pessoas e terá capacidade para investigação, desenvolvimento, mas também produção de medicamentos.
“O objetivo é concretizar um projeto estruturante, para levar bastante mais longe o esforço de desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos [por empresas portuguesas]”, afirmou o presidente executivo da empresa, Miguel Garcia, ao Jornal Económico (JE). “Queremos explorar competências de desenvolvimento late stage [últimas fases de ensaios clínicos] e fazermos a produção e comercialização destes medicamentos biológicos a nível global”, acrescentou.
O roadeshow está a ser feito a nível internacional. Em Portugal, a LxBio Pharmaceuticals está a candidatar-se a fundos europeus, no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência.
A LxBio Pharmaceuticals resulta de uma associação entre a biofarmacêutica portuguesa Technophage, especializada no desenvolvimento de “novas moléculas biológicas em diversas áreas terapêuticas”, e a IBV – Innovation Bio Ventures, especializada no apoio ao “desenvolvimento e investimento em early stage” de produtos de saúde de biotecnologia.
Fast Track nos EUA
A LxBio Pharmaceuticals continuará, primeiro, o desenvolvimento de produtos que resultam a atividade da Technophage, mas Miguel Garcia admite também parcerias com outras empresas.
Do portfólio de produtos que a LxBio Pharmaceuticals pretende desenvolver destaca-se o fármaco TP 102, para tratamento das infeções do pé diabético, que foi o primeiro fármaco português a ter uma autorização da Food & Drug Administration (FDA), a autoridade reguladora norte-americana para medicamentos, para fazes testes clínicos nos Estados Unidos da América.
A este fármaco foi atribuída uma designação de “Fast Track” pela FDA, “que implica o reconhecimento por parte desta agência regulamentar de uma terapia altamente inovadora e que vai de encontro a uma necessidade que ainda não está atendida pela indústria farmacêutica”, explica a empresa portuguesa.
Os testes estão de fase II estão a ser desenvolvidos, nesta altura, em Israel, e a LxBio Pharmaceuticals pretende comercializar o novo fármaco em 2024.
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