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Portugueses falaram mais ao telemóvel e durante mais minutos em 2018

Volume de negócios do setor das comunicações caiu 3,1%, para 6,3 mil milhões, em 2018, de acordo com INE. O setor das telecomunicações faturou menos 4% no último ano, registando um volume de 5,4 mil milhões de euros, contrariamente ao que sucedeu na componente de atividades postais, onde a operação das operadoras postais cresceram 2,3%.
8 Novembro 2019, 11h50

O volume de negócios do setor das comunicações caiu 3,1%, para 6,3 mil milhões, em 2018, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, 8 de novembro. A quebra registada deveu-se ao peso do setor das telecomunicações comparativamente com as atividades postais. Apesar do recuo, os indicadores registaram que os portugueses falaram mais ao telemóvel e durante mais minutos em 2018.

De acordo com o relatório “Estatísticas dos Transportes e Comunicações”, o setor das telecomunicações faturou menos 4% no último ano, registando um volume de 5,4 mil milhões de euros, contrariamente ao que sucedeu na componente de atividades postais, onde a operação das operadoras postais cresceram 2,3%.

Mas apesar do decréscimo, provocado pelo decréscimo verificado na operação de telecomunicações, o setor das comunicações registou aumentos importantes nos em alguns indicadores, sobretudo no acesso à internet por banda larga, cujo volume de tráfego, quer acesso fixo ou acesso móvel, duplicou nos últimos três anos.

De acordo com o INE, o volume de tráfego no acesso à internet por banda larga cresceu 48% em 2018, quando em 2017 e 2016 foi de 34,1% e 24,6%, respetivamente. No último ano, o volume de tráfego associado ao acesso à internet por banda larga atingiu cinco mil milhões de gigabytes(Gb). Já o número de acessos chegou aos 3,8 milhões (+5,9%). Os acessos por fibra ótica cresceram 23,8%.

Mais de dez mil milhões de chamadas de voz registadas em 2018
O tráfego de voz com origem na rede móvel, por sua vez, cresceu 4,2% em número de chamadas, para 10,6 mil milhões. Em minutos, o crescimento pulou 5,9% para 28,3 mil milhões de minutos.

Segundo o INE, foram registados aumentos nas ligações destinadas à rede móvel com prestadores diferentes. Ou seja, em 2018, registou-se um crescimento de 8,6% nas chamadas com origem num operador diferente do operador de quem recebeu a chamada. Em minutos esse aumento traduziu-se num crescimento de 10,6%. As ligações à rede fixa aumentaram 14,1% e 16,5% em número de chamadas e número de minutos, respetivamente. O tráfego internacional obteve um crescimento “assinalável” em minutos: 20,8%.

Subscritores do serviço de televisão por fibra ótica suportam aumento do número de assinantes
“O número de assinantes do serviço de televisão por subscrição voltou a acelerar o crescimento em 2018 (+3,7%)”, apontou o INE, atingindo 3,9 milhões de assinantes. “O serviço com tecnologia de fibra ótica (FTTH) foi o único a registar um aumento de subscritores (+22,8%) e representou 41,4% do total, com 1,6 milhões de assinantes”, lê-se no documento.

Rede postal com menos estações de correio

Apesar de o INE divulgar que as atividades postais cresceram 2,3% no último ano, registou-se uma diminuição ligeira na rede postal nacional de 0,1%, para 13. 742 pontos de acesso. Também o número de estações de correio diminuiu para 538, o que corresponde a uma quebra de -11,5%, enquanto o número de postos de correio aumentou para 1.845 (+4,8%).

“O tráfego postal continuou a diminuir (-6,0%, -5,2% em 2017) tendo sido expedidos 733,9 milhões de objetos”, segundo o INE.

 

 

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