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Portugueses incentivados a poupar devido a pandemia

Cerca de 15% dos inquiridos assumiu que poupa com alguma regularidade mensal, apresentando uma diminuição de 7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, enquanto 9% poupa de forma pontual, usando subsídios e/ou prémios como recurso alternativo.
1 Novembro 2020, 16h00

A pandemia levou a que os portugueses dessem mais importância às suas poupanças. Um estudo do Observador Cetelem, no âmbito do dia mundial da poupança e da literacia financeira mostrou que 75% dos portugueses inquiridos estão mais disponíveis para poupar, um acréscimo de 28 pontos percentuais face ao mesmo período de 2019 em análise.

No entanto, apesar de se mostrarem mais disponíveis a poupar, a frequência com que o fazem é mais esporádica, “com metade dos inquiridos a afirmar que poupa sempre que possível e/ou sempre que sobra dinheiro”, revela o estudo da Cetelem, mostrando uma subida de 39 pontos percentuais em comparação com 2019.

Cerca de 15% dos inquiridos assumiu que poupa com alguma regularidade mensal, apresentando uma diminuição de 7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, enquanto 9% poupa de forma pontual, usando subsídios e/ou prémios como recurso alternativo.

“Para poupar, os portugueses estão a aumentar vários hábitos, desde logo, procurar mais promoções (83%), registando-se um crescimento de 52 pontos percentuais em comparação com 2019, mas também a utilização de cupões e cartões de fidelização (50%), tomar o pequeno almoço em casa (46% face aos 19% em 2019) e levar o almoço para o local de trabalho (33% face a 18% no período homólogo)”, avança o estudo.

Também se registou um aumento da percentagem de portugueses que começaram a optar pelos transportes públicos, de forma a poupar dinheiro nas deslocações que realizam, sendo que 19% utiliza os transportes públicos como forma de poupar, um aumento de 11 pontos percentuais face a igual período do ano passado.

Entre os portugueses que estão mais atentos às promoções encontram-se os de 45 a 54 anos, seguindo-se de perto os de 55 a 64 anos, com 90% e 87%, respetivamente. Por sua vez, os jovens são os que optam mais pelos transportes públicos, mas de todas as faixas etárias em análise pelo Observador Cetelem, estes são os que menos poupam.

Por enquanto, e segundo o estudo, apenas 37% dos portugueses inquiridos dizem estar a preparar-se para a reforma, sendo que 17% utilizam contas a prazo, continuam a ser o método de poupança preferido. “Seguem-se os planos de poupança reforma, que têm vindo a ganhar importância (11%)”, indica o estudo.

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