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Potências nucleares mundiais estão a modernizar arsenais

O Instituto Internacional de Estocolmo de Pesquisa para a Paz (SIPRI) revelou o seu relatório anual dedicado aos arsenais nucleares. Nele o instituto revela que as potências nucleares estão a modernizar os seus arsenais e não estarão preparadas para se livrar deles “num futuro próximo”.
3 Julho 2017, 13h43

De acordo com o mais recente relatório em arsenais nucleares do Intituto Internacional de Estocolmo de Pesquisa para a Paz (SIPRI), as potências nucleares mundiais estão a modernizar os seus arsenais. Isto acontece apesar de o número total de armas nucleares continuar a descer. No início de 2017, os nove estados com capacidade nuclear – EUA, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte – possuíam cerca de 4150 ogivas nucleares operacionais, cerca de 30% do total de ogivas existentes nos seus arsenais, que o SIPRI afirma ser de 14.935, um valor mais baixo do que as 15.395 contabilizadas no início de 2016.

A redução acontece a um ritmo lento, cerca de 3%, apesar da implementação do tratado bilateral de redução do arsenal nuclear firmado pelos EUA e pela Rússia (os maiores detentores de armas nucleares do planeta) em 2011.

De acordo com o relatório do SIPRI, as duas potências estão antes a optar pela modernização do seu arsenal nuclear, com os EUA a estimar gastar mais de 400 mil milhões de dólares até 2026 neste processo, que transita da Administração Obama. A Coreia do Norte possui um arsenal estimado em entre 10 e 20 ogivas nucleares, segundo o SIPRI. Kim Jong Un afirma que o seu país está a terminar o desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental que será capaz de lançar ogivas nucleares nos EUA.

A modernização dos arsenais nucleares é uma tendência que o SIPRI diz ser mundial, com todos os estados com capacidade nuclear a anunciar o início de programas de modernização dos seus arsenais, ou a sua vontade de o fazer. A China iniciou um programa de modernização a longo prazo do seu arsenal, ao passo que a Índia e o Paquistão estão ambos a expandir as suas capacidades de armazenamento e a desenvolver as suas capacidades de lançamento de mísseis, de acordo com o SIPRI.

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