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Powell: Comité da Fed mostra “amplo apoio” a uma subida dos juros, mas ainda sem calendário definido

O presidente da Fed afirma haver “bastante folga para subir os juros sem castigar o mercado laboral”, que classifica como “historicamente rígido”, face às dificuldades de contratação e baixo desemprego.
26 Janeiro 2022, 20h21

Apesar da vitalidade que mostra a economia norte-americana, Jerome Powell reitera que o futuro é ainda muito incerto e, como tal, qualquer previsão em termos do número e data das subidas das taxas de juro é difícil. Reconhecendo no seu discurso desta quarta-feira que lhe parece haver folga para subir juros sem comprometer a recuperação económica, o presidente da Fed diz que essas decisões serão guiadas pelos dados e comunicadas claramente.

Powell e a Reserva Federal sinalizaram esta terça-feira que uma subida das taxas estará para breve, dada a performance da maior economia do mundo nos campos da inflação e do mercado laboral, mas o presidente do organismo afirma que “não é possível, de momento, prever com muita confiança exatamente qual o caminho” a seguir.

O Comité do banco central mostra “amplo apoio” a uma subida das taxas de juro em breve, o presidente ressalva que “ainda não foi tomada nenhuma decisão” quanto ao calendário destas decisões.

Falando numa “economia muito mais forte agora” do que em 2015, quando também subiram as taxas de juro, o presidente da Fed reforçou que qualquer decisão relativa a estas dimensões seria “definida pelos dados que vamos recebendo”, além de garantir que a comunicaria o mais cedo e claramente possível.

Powell voltou a classificar a inflação como “um peso” para as famílias com menores rendimentos, reiterando que utilizaria os instrumentos à sua disposição para combater uma subida de preços que coloque em causa o crescimento económico no país. Para o líder da autoridade monetária norte-americana, o caminho “para assegurar uma longa expansão [da economia] obrigará a estabilidade de preços”.

Por outro lado, ficou a garantia de que a Fed continuará a monitorizar a evolução dos salários, mostrando-se atenta a “crescimentos sustentados das remunerações acima da produtividade”, o que contribuiria para uma maior persistência da inflação.

No capítulo laboral, Powell é de opinião que o mercado de trabalho norte-americano é, de momento, “historicamente rígido”, dado o ritmo de abertura de novas posições e o excesso de procura que se verifica atualmente. Como tal, há “bastante folga para subir taxas sem ferir o mercado laboral”, afirmou, prevendo ainda que a taxa de desemprego continue a descer à medida que recupera a participação.

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