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Powell promete manter apoios, pois “a recuperação tem um longo caminho a percorrer”

“A economia está muito longe de nossas metas de emprego e inflação, e é provável que leve algum tempo para que progressos substanciais sejam alcançados”, disse o presidente da Reserva Federal, numa audição no Senado.
23 Fevereiro 2021, 16h35

A compra de ativos pela Reserva Federal (Fed) norte-americana irá continuar a ser uma medida de suporte à economia, pois a recuperação ainda tem um longo caminho a percorrer, afirmou esta terça-feira Jerome Powell, presidente da instituição, reiterando que o aumento da inflação na segunda metade do ano não deverá ser significativo ou persistente.

“A ação principal que podemos fazer é continuar a apoiar a economia, dar-lhe o apoio de que necessita. Ainda estamos 10 milhões de empregos abaixo dos payrolls antes da crise, ainda há um longo caminho a percorrer para a recuperação total e pretendemos manter a nossas políticas de apoio a essa recuperação”, afirmou Powell, numa audição no Senado.

“A economia está muito longe de nossas metas de emprego e inflação, e é provável que leve algum tempo para que progressos substanciais sejam alcançados. Continuaremos a comunicar claramente a nossa avaliação do progresso em direção às nossas metas com bastante antecedência em relação a qualquer mudança no ritmo de compras”, adiantou.

A Fed está a comprar ativos a um ritmo de 120 mil milhões de dólares por mês, mas alguns analistas têm dito que a o aumento das yields de dívida soberana (Treasuries) e das expectativas de uma aceleração na inflação a meio do ano poderá forçar o banco central a reduzir esse ritmo.

Powell reiterou que o “efeito base” de comparação com a inflação fraca de março e abril do ano passado poderá levar uma subida nos preços, mas a Fed vê esse como um efeito temporário.

“Mais importante, porém, poderem ver um aumento significativo do consumo no segundo semestre do ano, o que seria uma coisa boa, obviamente, mas também poderia pressionar os preços para cima”, disse. “Essencialmente, não parece provável que isso resultasse em grandes aumentos ou que fossem persistentes..

“Devo dizer que os analistas precisam ser humildes, portanto se acontecer que surjam pressões inflacionárias indesejadas, temos as ferramentas para lidar com isso e o faremos”, sublinhou.

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