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Preços das casas desaceleram para 8,7% no primeiro trimestre

Este valor representa uma descida de 4,2 pontos percentuais (p.p.) face ao primeiro trimestre do ano anterior (12,9%).
22 Junho 2023, 11h05

Os preços das casas registaram uma desaceleração para 8,7% no primeiro trimestre de 2023, o que correspondeu a uma descida de 4,2 pontos percentuais (p.p.) em comparação com o período homólogo do ano anterior, de acordo com os dados do Índice de Preços da Habitação (IPHab) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 22 de junho.

Face ao último trimestre de 2022 verificou-se uma quebra de 2,6 p.p. Este é o menor aumento homólogo desde o segundo trimestre de 2021 (7,8%).

No trimestre em análise, os preços das casas existentes registaram uma subida de 9,7%, em comparação com as habitações novas que apresentaram um crescimento de 5,7%. Entre o último trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023, o IPHab cresceu 1,3% (1,1% no quarto trimestre de 2022 e 3,8% no primeiro trimestre de 2022).

Nos primeiros três meses do ano transacionaram-se 34.493 habitações, menos 20,8% do que no mesmo período de 2022, verificando-se pelo terceiro trimeste consecutivo uma taxa de variação homóloga negativa no número de transações, com o facto da mesma apresentar uma tendência de crescimento (-2,8%, -16,0% e -20,8%, entre o terceiro trimestre de 2022 e o primeiro trimestre de 2023).

Das 34.493 habitações transacionadas, 6.970 dizem respeito a casas novas, o que significou um decréscimo de 8,3% relativamente ao primeiro trimestre de 2022, enquanto as habitações responsáveis por 79,8% das transações, com 27.523 residências, observaram uma quebra de 23,4% face ao registado no mesmo período de 2022.

No primeiro trimestre de 2023, o valor das habitações transacionadas fixou-se em 6,9 mil milhões de euros, menos 15,2% por comparação com o mesmo período de 2022. Nas casas existentes verificou-se uma taxa de variação homóloga de -18,2% para 5,0 mil milhões de euros e uma redução de 5,7% no valor das habitações novas, para 1,9 mil milhões de euros.

Norte e Área Metropolitana de Lisboa lideram nas transações

No período em análise a região Norte registou o maior número de transações, com 9.924 casas (28,8% do total), mais 0,4 p.p. relativamente a período idêntico do ano anterior. Na Área Metropolitana de Lisboa, registaram-se 9.761 transações, o valor mais baixo desde o quarto trimestre de 2016, sendo excluíndo desta equação o segundo trimestre de 2020 devido à pandemia.

Entre janeiro e março de 2023, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,6% do valor total das habitações transacionadas, seguindo-se o Norte com 23,5%. Em ambos os casos, o valor das transações (aproximadamente 2,8 e 1,6 mil milhões de euros, respetivamente) foram os mais baixos dos últimos dois anos.

No Algarve, o valor das transações dos alojamentos localizados fixou-se em 947 milhões de euros, correspondendo a 13,8% do total, seguindo-se o Centro, com as transações de alojamentos a atingirem os 938 milhões de euros, 13,7% do total, 1,2 p.p. acima do peso relativo observado no mesmo período de 2022.

No Alentejo, as habitações transacionadas totalizaram 294 milhões de euros, representando 4,3% do total, um ligeiro aumento de 0,1 p.p. no respetivo peso relativo. Na Região Autónoma dos Açores e na Região Autónoma da Madeira, as transações de alojamentos ascenderam a 87 milhões de euros e 195 milhões de euros, respetivamente.

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