Prémio de Excelência Científica para o explorador do espaço

Nuno Cardoso Santos, 48 anos, é uma referência mundial no estudo dos planetas que orbitam outras estrelas que não o sol.

O seu interesse pelos exoplanetas, como manda o rigor que se diga, começou quando dividia a atividade académica entre a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Observatório suíço de Genebra, e incluiu a descoberta, publicada em 2004, do primeiro planeta potencialmente rochoso a orbitar outra estrela.

Este amor pela exploração de “outros mundos” fê-lo mudar para a cidade Invicta em 2007, onde se juntou ao Centro de Astrofísica da U.Porto. Dois anos mais tarde obteve uma bolsa milionária do European Research Council, que lhe permitiu lançar as bases da investigação sobre exoplanetas.

Professor Auxiliar do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da U.Porto, lidera a equipa de Sistemas Planetários do IAstro, que há seis anos juntou o CAUP com o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, e, mais recentemente, passou a contar também com investigadores da Universidade de Coimbra.

Autor de mais de 400 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais de alto impacto, geradores de mais de 25 mil citações, segundo o Astrophysics Data System da NASA, Nuno Cardoso integra o restrito grupo dos 2% de investigadores mais citados a nível mundial.

A última manifestação de reconhecimento chegou-lhe há dias da Universidade do Porto que lhe atribuiu o Prémio de Excelência Científica 2022. O galardão reconhece os docentes e cientistas da casa que mais se destacam na investigação científica.