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Preparação do próximo ano letivo. Ministério da Educação ouve professores esta quinta-feira

As reuniões realizam-se ao longo do dia por videoconferência e envolvem os vários sindicatos de professores e educadores e os secretários de Estado João Costa e Susana Amador.
25 Junho 2020, 08h01

Os sindicatos de professores reúnem esta quinta-feira, 25 de junho, por videoconferência com os dois secretários de Estado de Tiago Brandão Rodrigues: João Costa, Adjunto e da Educação, e Susana Amador, Educação.

O primeiro sindicato a reunir com a tutela é o SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores, logo pelas 9h30. A seguir ao almoço será a vez da FNE – Federação Nacional de Educação, filiada na UGT, e ao fim do dia da Federação Nacional de Professores (FENPROF), afeta à CGTP.

Júlia Azevedo, presidente do SIPE, antecipa o que está em cima da mesa: “a preparação do próximo ano escolar tendo em consideração as condicionantes causadas pela pandemia da Covid-19, que irá motivar a discussão de medidas que salvaguardem a segurança dos docentes e alunos em contexto presencial, mas também o ajuste e retificação de questões relacionadas com o ensino à distância”. Face à nova realidade, diz a presidente do SIPE, “torna-se essencial que quaisquer decisões ou alterações que forem introduzidas contem com a participação ativa dos docentes, e é isso que os sindicatos pretendem assegurar na reunião”.

A dirigente refere ainda que “outras questões de fundo anteriores à pandemia não serão esquecidas, e serão alvo de discussão com a tutela, pela salvaguarda dos direitos dos professores e do bom funcionamento do nosso sistema de ensino”.

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou esta terça-feira que o próximo ano letivo 2020/2021 irá começar entre 14 e 17 de setembro, a data em que habitualmente começa. Os professores consideram isso razoável, tal como o facto de o início não ser bem um início, mas um tempo de recuperação, como disse ontem o primeiro-ministro, António Costa.

“O ano letivo terá que começar com a superação dos défices”, afirmou à RTP Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, adiantando que mesmo os professores que regressaram à sala de aula neste terceiro período constataram que a distância abriu lacunas que têm de ser superadas.

Na ocasião, Mário Nogueira avançou a necessidade de preparar três cenários de início do ano letivo 2020/2021: reabertura física com distanciamento, o que obriga a uma redução do número de alunos por turma e aumento do número de professores; regime misto com aulas presenciais e distância; e situação de pandemia de gravidade elevada. Tudo vai depender da evolução da situação sanitária, mas em qualquer dos casos, a reabertura “vai ser muito exigente”, sublinhou.

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