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Presidente da China afirma que crise na Ucrânia “não serve os interesses de ninguém”

“As relações entre países não podem avançar para os confrontos. Conflitos e confrontos não servem os interesses de ninguém”, afirmou Xi durante a chamada com Biden.
18 Março 2022, 15h34

O presidente da China, Xi Jinping, disse esta sexta-feira, 18 de março, ao homólogo norte-americano Joe Biden que conflitos e confrontos como os eventos que se desenrolam na Ucrânia “não servem os interesses de ninguém”, avança a imprensa estatal chinesa citada pela “Reuters”.

“As relações entre países não podem avançar para os confrontos. Conflitos e confrontos não servem os interesses de ninguém”, afirmou Xi durante a chamada com Biden.

O presidente Chinês sublinhou a importância do papel que China e EUA devem desempenhar na mediação do conflito entre Rússia e Ucrânia, acrescentando que ambos os lados devem assumir as devidas responsabilidades internacionais e esforçarem-se para atingir e manter a paz mundial.

“A crise na Ucrânia é algo que não queremos ver”, disse Xi.

Desde o início do conflito que a China recusa condenar o ataque da Rússia à Ucrânia ou, até, apelidá-lo de invasão. Em vez disso, Pequim tem deixado apelos aos países ocidentais para respeitarem as “legítimas preocupações de segurança” de Moscovo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, sublinhou a amizade “sólida” com a Rússia, no mesmo dia que confirmou que a Cruz Vermelha da China iria fornecer ajuda humanitária à Ucrânia “o mais rápido possível”.

Altos conselheiros de presidente chinês e do homólogo norte-americano, estiveram reunidos na passada segunda-feira, 14 de março, em Roma, para discutir o pedido de apoio que a China recebeu da Rússia para servir de suporte à invasão da Ucrânia. Antes disso, o Kremlin negou ter solicitado qualquer apoio militar à China, mas a Casa Branca parece ter sabiamente optado por não acreditar nas declarações oficiais do Kremlin.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse que Biden foi claro ao dizer que a China “assumirá responsabilidade por quaisquer ações que tomar no sentido de apoiar a agressão russa”.

Por sua vez, a China também alertou para uma eventual “retaliação” caso seja afetada pelas sanções impostas à Rússia.

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