O novo CEO da Cabo Verde Airlines, Jens Bjarneson, foi recebido, esta manhã, pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
Para Jens Bjarneson, que passa a ocupar o lugar do português Mário Chaves, a privatização da Cabo Verde Airlines é positiva para ambas as partes por criar uma situação win-win para ambas as partes e que o hub no Sal pode ser um exemplo para toda a costa ocidental africana.
“Penso que, como em qualquer negociação, há uma situação win-win para as partes envolvidas. Penso que para Cabo Verde há a possibilidade de construir um hub internacional que pode ser um modelo para toda a África Ocidental e que ligue quatro continentes. Vemos um grande potencial de crescimento”, disse à saída do encontro com Jorge Carlos Fonseca.
O CEO da Cabo Verde Airlines repetiu o que foi anunciado na assinatura do acordo, na última sexta feira, em relação a renovação da frota da companhia aérea cabo-verdiana de que até 2025 estão previstos 12 aviões, mas Jens Bjarneson diz que o crescimento da frota “pode ir para além disso”.
“Da nossa parte, gostaríamos de aumentar a nossa presença no mercado internacional da aviação. Temos sido bem-sucedidos no incremento do turismo num país pequeno, de 300 mil habitantes, através da ligação da Europa Ocidental com a América do Norte. Vemos muitas semelhanças com Cabo Verde, que é uma pérola recentemente descoberta pelo turismo e penso que o estabelecimento do hub vai caminhar de mãos dadas com as infraestruturas de turismo que já existem”.
Quanto à frota de aviões a colocar ao serviço da Cabo Verde Airlines, Jens Bjarneson, afirmou que de ” em princípio serão os Boeing 757 que têm as dimensões como o alcance ideais para as operações que estão previstas.
Questionado sobre a implementação do hub no Sal, o novo responsável máximo da Cabo Verde Airlines defende que para se começara sentir os resultados “é preciso primeiro ter, pelo menos, quatro aviões, para se ver a conectividade a acontecer, uma vez que quantos mais aviões mais possibilidade de crescimento a companhia terá e maior oportunidade para os cabo-verdianos viajarem para outras cidades em todo o mundo.
A semelhança entre a Islândia e Cabo Verde foi referida como uma vantagem para o sucesso do acordo rubricado, segundo Jens Bjarneson.
“Penso que os contextos são muito similares, é um mercado interno pequeno, com poucas pessoas. Acho que há um grande potencial para trazer o turismo para Cabo Verde, tal como havia na Islândia. E a localização é vital. Estando situado no oceano onde podem ligar diferentes continentes através de um hub. Por isso, digo que as semelhanças são muitas”.
Em relação a ligação inter-ilhas, o CEO da Cabo Verde Airlines refere que é preciso ter boa conectividade entre as ilhas e este é um dos muitos assuntos que os responsáveis da companhia estão a tratar.
O governo cabo-verdiano e a Loftleidir Cabo Verde assinaram na sexta-feira o acordo, sendo que o valor a ser pago por aquela subsidiária da Loftleidir Incelandic pelos 51% do capital da TACV é de 1,3 milhões de euros.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com