O Presidente da República reconheceu as limitações técnicas do Tribunal de Contas (TdC) para auditar uma instituição financeira, salientando que nunca defendeu esta solução. As declarações foram proferidas em entrevista à SIC esta sexta-feira, a primeira depois do anúncio da recandidatura a Presidente da República (PR).
“Foi uma deliberação tomada por quem a tinha de tomar, não pediram opinião ao PR. Obviamente que o TdC tem, com todo o respeito, limites no que toca a uma matéria tão sofisticada como essa”, disse o Presidente no Jornal da Noite desta sexta-feira.
Questionado sobre o Novo Banco e as auditorias pedidas à Deloitte e ao TdC, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o tribunal é uma entidade independente sobre a qual não cabe ao Presidente da República (PR) pronunciar-se.
“Não me pronunciei porque entendo que o TdC tem uma forma de intervenção que quero respeitar, é um tribunal”, defendeu-se Marcelo, que acrescentou ainda que um órgão como este é obrigado a “uma sofisticação maior quando se trata de uma instituição bancária” o objeto do seu trabalho.
O PR esclareceu assim que se referia à auditoria da Deloitte quando defendeu a posição do primeiro-ministro sobre a disponibilização de mais verbas para o banco que resultou da queda do antigo Banco Espírito Santo.
“O erro foi esse, porque é que demorou nove meses? Foi esse o meu protesto”, afirmou Marcelo. “Protestei e secundei a posição do primeiro-ministro, sei que o então ministro das Finanças não gostou muito, mas pareceu-me evidente que havia tempo demais, ia-se adiando o prazo”, acrescentou.
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