[weglot_switcher]

Presidente Marcelo subscreve pedido do Governo para afastamento de Dijsselbloem

Marcelo Rebelo de Sousa assina por baixo as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que defende o afastamento do presidente do Eurogrupo, na sequência das polémicas declarações sobre os países do sul.
  • Cristina Bernardo
22 Março 2017, 13h11

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, subscreveu esta quarta-feira a posição do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que defende o afastamento do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, na sequência das polémicas declarações sobre os países do sul.

Marcelo Rebelo de Sousa, de visita oficial à Bélgica, para assinalar o primeiro aniversário dos atentados de 22 de março de 2016 em Bruxelas, sublinha que “neste momento, há valores tão mais importantes” do que os comentários do presidente do Eurogrupo. Mas ressalva que sobre este assunto “já foi tudo dito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros” e que, como Presidente da República portuguesa, não pode “senão subscrever o que ele disse”.

Por sua vez, Augusto Santos Silva defendeu, esta terça-feira, em Washington, que Jeroen Dijsselbloem “não tem condições para permanecer à frente do Eurogrupo”, depois de ter dito que os países do sul não podem “gastar o dinheiro todo em álcool e em mulheres” e depois vir pedir ajuda financeira.

Augusto Santos Silva considerou estas declarações como sendo “muito infelizes e, do ponto de vista português, absolutamente inaceitáveis”. O ministro dos Negócios Estrangeiros explica ainda que os que aconteceu aos países do sul, onde se incluí Portugal, “não foi por terem gasto dinheiro a mais”.

“O que aconteceu foi que nós, como outros países vulneráveis, sofremos os efeitos negativos da maior crise mundial desde os tempos da grande depressão e as consequências da Europa e a sua união económica e monetária não estar suficientemente habilitada com os instrumentos que nos permitissem responder a todos aos choques que enfrentamos”, afirma.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.