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Primeiro caso da nova variante da Covid-19 detetado numa mulher não vacinada na Bélgica

A nova variante está a preocupar a comunidade científica e motivou uma reunião de emergência, agendada para esta tarde, com os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
26 Novembro 2021, 13h47

A nova variante B.1.1.529 da Covid-19, detetada originalmente na África do Sul, já foi detetada na Bélgica. A notícia é avançada, esta sexta-feira, pelo jornal belga “Le Soir” e pela agência “Reuters”.

Esta nova estirpe está a preocupar a comunidade científica e motivou uma reunião de emergência, agendada para esta tarde, com os especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ao jornal belga, o ministro da Saúde belga, Frank Vandenbroucke, confirmou a existência deste primeiro caso e apelou à cautela. “É preciso cuidado, mas não entrar em pânico”, disse. A publicação adianta ainda que se trata de uma mulher não vacinada que começou a apresentar sintomas 11 dias depois de ter viajado para o Egito com passagem pela Turquia.

Sabe-se ainda que toda a família desta jovem foi testada, apesar de, até ao momento, não apresentarem qualquer sintoma.

A deteção deste caso da nova variante (que poderá vir a ser batizada com a letra grega nu pela OMS ainda hoje) levou a Bélgica a determinar que todos os viajantes com origem nos países do sul de África devem ser sujeitos a uma quarentena obrigatória.

Além da Bélgica, outros países europeus já avançaram com restrições nos voos, nomeadamente, os Países Baixos, Malta, Reino Unido e Croácia o que levou à presidente da Comissão Europeia a anunciar que o bloco europeu “vai propor, em estreita colaboração com os Estados-Membros, ativar o travão de emergência para interromper as ligações aéreas com a região da África Meridional devido à preocupação suscitada pela variante B.1.1.529”.

Quanto aos países onde foi detetada, a África do Sul encabeça o número de casos, seguida do Botswana, onde foi primeiro identificada, havendo registo de três infetados, e Hong Kong, com o caso de um homem de 36 anos que testou positivo após uma viagem à África do Sul – alguns virologistas estão particularmente preocupados neste país, por terem surgido casos recentes em Gauteng, uma área urbana que inclui Pretória e Joanesburgo.

Tendo em conta algumas das mutações observadas, os especialistas acreditam que elas podem ter surgido a partir de uma infeção persistente numa pessoa imunodeprimida, como un doente com VIH/ SIDA, aponta o “The Guardian”.

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