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“Problema não é 2023; são os anos que virão a seguir”

Ricardo Arroja teme dificuldades no financiamento nacional sem a ajuda do BCE. E prevê crescimentos anémicos nos próximos anos que não permitirão a desejada convergência face aos países mais ricos da UE.
2 Junho 2023, 20h30

Portugal tem registado uma evolução positiva nos indicadores macro, mas a economia real atravessa dificuldades claras que podem piorar com a subida dos juros e uma mais que provável recessão na zona euro. O regresso das regras orçamentais também agrava a pressão sobre as contas públicas e Ricardo Arroja, consultor e professor universitário, perspetiva mais dificuldades nos próximos anos.

Que avaliação faz do Programa de Estabilidade recentemente apresentado pelo Governo? As projeções macro do Executivo parecem-lhe realistas?
Começando pelas projeções macro, estas permanecem sob grande incerteza, muito embora, depois do surpreendente crescimento no primeiro trimestre deste ano, em larga medida estimulado pelo turismo e em geral pelo sector exportador, seja claro que as expectativas iniciais do ano, até mesmo as mais otimistas, serão excedidas. O problema não é, contudo, 2023; são os anos que virão a seguir, em que o crescimento em Portugal não só vai abrandar (ao contrário de muitos outros países europeus), como deverá também regressar a uma taxa diminuta que não permitirá à economia nacional a desejada convergência face aos países mais ricos da UE.

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