A Bitcoin e o ouro tornaram-se as opções preferenciais para os investidores, depois da forte volatilidade decorrente da pandemia. No entanto, as preocupações com o impacto do ‘mining’ Bitcoin continuam a aumentar.

A BanklessTimes tem estado a acompanhar quanto custa minar os dois ativos seguros. De acordo com conclusões do BanklessTimes, gerar Bitcoin no valor de $1 usa até 17 megajoules (MJ) de energia. O ouro minado na mesma quantia exigiria 5 MJ, ou seja, 3,4 vezes menos.

O aumento do uso da Bitcoin levou a mais emissões de carbono.

Bitcoin, e outras criptomoedas, são projetadas de forma a que o aumento da adoção conduza ao aumento de valor da moeda. Consequentemente, é necessária mais energia para extrair as criptomoedas à medida que mais pessoas adotam a criptomoeda, o que, consequentemente, se traduz num aumento das emissões de carbono.

Nos últimos dois anos registou-se um aumento do uso de Bitcoin e ouro, o que também se traduz diretamente nos efeitos adversos no ambiente. Embora ambos os ativos consumam bastante energia, o consumo da Bitcoin é comparativamente maior, uma vez que a rede ainda precisa de eletricidade para concluir transações e continuar a funcionar.

Após o aumento do número de utilizadores, a pegada de carbono da Bitcoin é atualmente de cerca de 15 vezes a do ouro. O ‘mining’ de 1 Bitcoin emite cerca de 191 toneladas de dióxido de carbono, enquanto que minerar a mesma quantia em ouro emite cerca de 13 toneladas.

Para pôr estes números em perspetiva, as emissões de carbono de 1 bitcoin equivalem a mais de 1,6 milhões de transações da Visa.