PSD critica decisão de Bruxelas de apresentar medidas para o setor do turismo só em setembro

A delegação do PSD no Parlamento Europeu defende que as empresas do setor precisam de respostas imediata, sobretudo as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), e alerta para o risco de falências. Sublinha ainda que, em Portugal, as receitas provenientes do Turismo representam 16,5% do PIB nacional, o que faz do país o terceiro mais dependente deste setor a nível europeu.

O Partido Social Democrata (PSD) considera que a Comissão Europeia não está a fazer o suficiente para apoiar o setor do turismo e exige ajudas diretas para aquele que foi “um dos mais afetados” pela pandemia da Covid-19. A delegação do PSD no Parlamento Europeu defende que as empresas do setor precisam de respostas imediata, sobretudo as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), e alerta para o risco de falências.

“A Comissão Europeia não está a fazer o suficiente. Esperávamos muito mais”, referiu a eurodeputada do PSD Cláudia Monteiro de Aguiar, em debate na comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu esta terça-feira. Em causa está a decisão de Bruxelas de apresentar um pacote de medidas conjunto (o “Novo Plano Marshall”) para o setor na Conferência Europeia, que se vai realizar no mês de setembro.

Cláudia Monteiro de Aguiar criticou a decisão e diz que “se não apresentarmos soluções agora e aguardarmos por setembro será o fim de muitas micro, pequenas e médias empresas”. “O setor precisa de apoio direto, para o imediato”, defendeu.

Numa carta enviada à Comissão Europeia no início de março, Claúdia Monteiro de Aguiar e outros dois eurodeputados, um do S&D (o húngaro István Ujhelyi) e outro do Renovar a Europa (o espanhol José Ramón Bauzà), já tinha pedido uma resposta “concertada e célere” a nível europeu para o setor do turismo. “É urgente um plano de ação para apoiar e preparar o setor face às perdas registadas pelo cancelamento das viagens de e para China bem como de viagens entre Países da União Europeia”, defendia.

Em comissão, Cláudia Monteiro de Aguiar voltou a insistir que “compromisso, vontade e coragem política” da comissão parlamentar em “apresentar a linha de orçamento para o Turismo que o Parlamento tem vindo a pedir há anos” e que “independentemente do formato, o crucial é que as medidas apoiem os  Estados-Membros mais afetados, com base no critério do impacto do Turismo no PIB, como é o caso de Portugal”.

A eurodeputada do PSD sublinhou ainda que, em Portugal, as receitas provenientes do Turismo representam 16,5% do PIB nacional, o que faz do país o terceiro mais dependente deste setor a nível europeu.

O comissário europeu Thierry Breton, responsável pelo setor do Turismo, garantiu que a Comissão Europeia está a trabalhar para apoiar este setor, tendo em conta que este “não é apenas um dos setores mais afetados mas também aquele que vai demorar mais tempo a recuperar”. Segundo Thierry Breton, é necessário “reinventar o sector usando as novas realidades digitais, da sustentabilidade e económicas”.

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