[weglot_switcher]

PSD diz que Governo ainda tem questões a esclarecer sobre contratação de Sérgio Figueiredo (com áudio)

O vice-presidente do PSD defende que o ministro das Finanças tem de esclarecer porque é que a função era essencial e também os termos do contrato.
17 Agosto 2022, 15h03

O vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, considerou que o ministro das Finanças tem algumas questões a explicar relacionadas com a contratação de Sérgio Figueiredo para consultor, mesmo depois o antigo diretor de informação da TVI ter desistido do cargo.

“Quando diz o ministro das Finanças: A função que estava prevista para este contacto é tão fundamental e essencial porque é que o ministro esteve em silêncio todos estes dias? Porque é que ele nunca veio em defesa daquele que agora renunciou a poder ser parte deste contrato”, disse Paulo Rangel aos jornalistas.

Além disso, Paulo Rangel considera que o ministro das Finanças “verdade tem também de explicar porque é que era essencial essa função”. É que é preciso que se diga: havia no Governo já um centro de competências relativo justamente ao planeamento, à avaliação, à estratégia, à monitorização, ao acompanhamento das políticas públicas”, sublinhou

“O próprio ministério das finanças que o ministro Fernando Medina tutela e que preside têm um gabinete de planeamento de estratégia de avaliação e de relações internacionais”, frisou o social democrata, acrescentando que se o contrato de Sérgio Figueiredo fosse avante teríamos “três instituições ou três organizações para fazer a mesma tarefa”.

É preciso também “esclarecer os termos do contrato”, reforçou Paulo Rangel. “Sabemos algumas coisas sobre ele, mas há outra coisas que não sabemos. E mais do que isso é importante explicar porque é que se ele era tão essencial não era um contrato que tinha exclusividade. Se vamos tratar do coração das políticas públicas do Governo tem de ser alguém que esteja exclusivamente dedicado a essa tarefa”, considerou.

Depois de na semana passada ter sido noticiado que o antigo diretor de informação da TVI ia trabalhar para Fernando Medina como consultor, Sérgio Figueiredo decidiu desistir do cargo por ter sido “atingido pela manada em fúria, ferido por um linchamento público e impiedoso”, uma situação que diz ter ficado “insuportável” de suportar “tanta agressividade e tamanha afronta, tantos insultos e insinuações”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.