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PSD diz que OE2022 é um diálogo “entre PCP, Bloco de Esquerda e PS”

Rui Rio considerou que o Orçamento do Estado para 2022 ser debatido à esquerda será “grave” porque PCP e BE “tendem a exigir tudo e mais alguma coisa dentro do Orçamento e fora dele”.
28 Julho 2021, 18h21

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, afirmou, esta quarta-feira, que o Orçamento do Estado (OE) para 2022 será um diálogo a decorrer entre Partido Comunista Português (PCP), Bloco de Esquerda (BE) e Partido Socialista (PS)

Em conferência de imprensa, Rui Rio admitiu que o OE para 2022 será novamente debatido à esquerda e recordou o momento em que o primeiro-ministro rejeitou colaborar com a direita. “Ao dizer que o Orçamento do Estado se for aprovado com os votos do PSD ele [António Costa]se demite, então os votos do PSD tanto faz serem a favor como contra, como abstenção. Têm sempre o mesmo efeito que é ele demitir-se a não ser que consiga entender-se com a esquerda que é o que ele está a tentar”.

Para o PSD o próximo Orçamento partirá de um “diálogo entre o PCP, o Bloco de Esquerda e o PS”. “O que obviamente é grave na exata medida em que tudo aquilo que possam ser reivindicações do PCP e do BE por sua vez nunca sabem se é a ultima negociação e se há orçamento no ano seguinte. Tendem a exigir tudo e mais alguma coisa dentro do Orçamento e fora dele”, considerou Rui Rio. De recordar que o PSD votou contra o Orçamento do Estado para 2021.

“Por exemplo, a exigência de mexer na legislação laboral é quanto a nós grave na exata medida o relançamento económico exige alguma flexibilidade laboral para que os empresários não tenham medo de investir e não se retraiam no investimento e portanto se vamos tornar uma legislação laboral mais rígida do que aquela que temos só dificulta o investimento”, justificou o líder social democrata

Apesar de defender que o OE2022 será é uma discussão para se ter à esquerda, Rui Rio sugeriu que o Orçamento fosse “um elemento complementar ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), mas numa completa independência”.

 

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