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PSD evoca “bom senso” e sentido de estado” na renovação do estado de emergência

O deputado Fernando Negrão justificou o apoio do PSD ao prolongamento do atual estado de emergência com a exigência de “bom senso, foco e sentido de estado”, mas acusou o Governo de nem sempre ter agido com “bom senso” nem ter ouvido as opiniões de especialistas.
11 Março 2021, 15h57

O Partido Social Democrata (PSD) anunciou esta quinta-feira que vai votar favoravelmente a renovação do estado de emergência, até ao final de março. O deputado Fernando Negrão justificou o apoio do PSD ao prolongamento do atual estado de emergência com a exigência de “bom senso, foco e sentido de estado”, mas acusou o Governo de nem sempre ter agido com “bom senso” nem ter ouvido as opiniões de especialistas.

“É a décima terceira vez que o PSD responsavelmente aprova o estado de emergência, dando sempre condições ao Governo para levar a cabo o seu trabalho. A permanência do PSD nesta posição tem uma razão e traduz-se no facto de, há um ano para cá, vivermos numa situação excecional que exige bom senso, foco e sentido de estado”, referiu no debate sobre a renovação do estado de emergência, no Parlamento.

Fernando Negrão sublinhou que, durante um ano, o PSD “deu luz verde ao Governo” no combate “sem tréguas” à Covid-19 e não foi um “adversário político”. Isso, “embora sem esquecer que muitas vezes foi escondida a estratégia, se é que havia estratégia”, e apesar de o PSD ter discordado “da forma, do tempo e conteúdo de tantas medidas”. “Mas nunca viabilizámos o trabalho de quem tem de governar e tomar decisões”, reiterou.

“Votámos sempre a favor do estado de emergência, treze vezes. Se assim não tivesse sido, imaginamos todos a repetição por muitos meses daquilo que aconteceu em janeiro do corrente ano: os piores do mundo”, disse.

Mas, segundo Fernando Negrão, “nem sempre o bom senso imperou” e “algumas vezes” o Governo não seguiu as opiniões de especialistas e nem sempre foi “reconhecido” o direito de contestar as medidas e apresentar alternativas para dar resposta à pandemia. Disse ainda que era possível que o confinamento fosse evitado se tivesse havido uma estratégia da parte do Governo.

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