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PSI-20 fecha no verde ajudada pela Galp e EDPs. Esperança num acordo a leste trava perdas na Europa

Os índices europeus apagaram a maior parte das perdas do início da sessão, mas ainda assim continuaram em terreno negativo. O setor Energético, o de Recursos Naturais e o Tecnológico escaparam às perdas setoriais generalizadas. A banca teve a maior queda. Petróleo dispara e juros soberanos também.
7 Março 2022, 17h31

Os  mercados recuperaram das fortes com esperança de novo entendimento no Leste da Europa, na sequência das negociações. Mas ainda assim não chegou para fecharem em terreno positivo. Exceto o PSI-20 que fechou a subir 1,49% para 5.411,3 pontos.

A ajudar ao índice lisboeta estiveram as ações da Galp (+6,34% para 11,49 euros); as da EDP Renováveis (+5,63% para 21,76 euros); e as da EDP (+3,26% para 4,15 euros). Por contágio a GreenVolt avançou +2,84% para 5,80 euros.

Destaque ainda para a Jerónimo Martins que subiu +1,90% para 19,27 euros.

“O setor energético, o de recursos naturais e o tecnológico escaparam às perdas setoriais generalizadas. O PSI-20 também conseguiu fugir à descida, valorizando mais de 1%, sustentado pelos ganhos expressivos da Galp e também da EDPR, que puxou pela EDP”, realça a análise de fecho dos mercados da MTrader .

A liderar as perdas esteve o BCP que caiu -5,23% para 0,1269 euros, num dia em que o índice Stoxx Europe 600 Banks caiu 3,09%. Os preços das ações dos bancos europeus caíram quando os aliados ocidentais admitiram a proibição à importação de petróleo russo. Por exemplo, o Banco Santander caiu 3,22%.

O Brent, referência na Europa, disparou +4,19% para 123,06 dólares o barril e o crude West Texas nos EUA está nos 118,3 dólares (+2,30%).

Em Lisboa, a destacar-se nas quedas estão também as ações da Semapa que perdem -5,11% para 10,76 euros; também as da Corticeira Amorim que recuaram -2,80% para 9,38 euros; os CTT também caem -2,30% para 4,04 euros; a Mota-Engil cai -2,29% para 1,195 euros; e a NOS que desce -2,02% para 3,30 euros.

Na Europa as bolsas fecharam em terreno negativo. A maior queda registou-se na bolsa de Atenas (-3,85%). O EuroStoxx 50 caiu -1,23% para 3.512,2 pontos; o Stoxx 600 perdeu 0,93%; o britânico FTSE 100 recuou recuou -0,40% para 6.959,5 pontos; o CAC 40 fechou a perder -1,31% para 5.982,3 pontos; o DAX tombou -1,98% para 12.834,6 pontos; o FTSE MIB desceu -1,36% para 22.160,3 pontos e o IBEX caiu -0,99% para 7.644,6 pontos.

Para além do PSI-20, só as bolsas polaca e dinamarquesa fecharam no verde.

Os índices europeus apagaram a maior parte das perdas do início da sessão, mas ainda assim continuaram em terreno negativo.  Os analistas da XTB destacam uma recuperação nos mercados europeus e norte-americanos que surge na sequência da terceira ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu que a Rússia está pronta a interromper a ofensiva “imediatamente”, caso a Ucrânia aceite três condições — alterar a constituição do país para garantir o estatuto de neutralidade, ou seja, comprometendo-se a não entrar em nenhum “bloco”, reconhecer a Crimea como território russo e, por fim, reconhecer as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como estados independentes, segundo a “Reuters”.

A Turquia anunciou também que irá acolher uma reunião da Rússia e dos Ministros dos Negócios Estrangeiros ucranianos esta quinta-feira.

Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking, diz que o dia foi de “elevada volatilidade nas bolsas europeias, onde o índice alemão DAX chegou a tombar mais de 5%, recuperando de seguida para território de ganhos, antes de voltar a afundar para encerrar a sessão a perder cerca de 2%”. “As autoridades ucranianas e russas estão novamente reunidas para uma terceira ronda de negociações, mas Vladimir Putin exige que Kiev concorde com as suas exigências para que os combates terminem, arrefecendo as esperanças de um cessar-fogo definitivo”, lembra o analista da MTrader.

A incerteza relativa ao impacto económico do ataque da Rússia à Ucrânia está a provocar uma escalada acentuada nos preços das matérias-primas, em especial no petróleo e no gás natural, o que traz novos receios de que o atual pico de inflação se possa inclusivamente agravar, destaca o mesmo analista.

Já o BPI defende que a escalada no conflito bélico poderá adiar a retirada de estímulos do BCE.

O euro cai -0,49% para 1,0875 dólares.

A dívida alemã a 10 anos no mercado secundário dispara 5,40 pontos base para -0,02%. Portugal tem os juros a subirem 3,90 pontos base para 0,87%; Espanha com juros em alta de 3,72 pontos base para 1% e Itália vê os juros subirem 5,73 pontos base para 1,59%.

 

 

 

 

 

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