PSI diminui 7,8% em maio, anulando a valorização desde o início do ano

O PSI fechou o mês de maio com o valor de 5. 729,4 pontos, que representa uma diminuição mensal de 7,8% o que anula a valorização desde o início do ano, segundo a Maxyield. A variação homóloga do PSI foi de menos 8,4%.

“A banda de variação mensal do PSI oscila entre 4,5 % da Ibersol e -13,5% da NOS, conforme se pode observar no quadro seguinte, referente à evolução das cotações”, refere a análise.

A trajetória do PSI ao longo do mês de maio apresentou uma quebra no decurso da segunda quinzena, de uma forma intensa e consistente.

A Ibersol foi a única sociedade com crescimento mensal da cotação.

“O ranking mensal de quebra das cotações, através do escalonamento decrescente, envolve a NOS (-13,5%), os CTT (-13,1%), a Sonae SGPS (-12,7%), a Altri (-12%), o BCP (-11,8%), a Galp (-10%), a EDP (-8,8%), a EDP Renováveis (-7,8%), a Navigator (-7,6%), a Mota-Engil (-7,3%), a Semapa (-6,6%), a REN (-4,9%), a Corticeira Amorim (-3,9%), a J. Martins (-1,4%) e a Greenvolt (-1,1%)”.

Segundo a análise o “PSI aproximou-se do nível de suporte da faixa de variação [5750  –  6300], que constitui um referencial para níveis atingidos há 7 anos e o posicionamento dominante em 2022”, acrescentando ainda que “a queda do PSI no mês de maio, é significativamente superior à verificada nos mercados internacionais”.

A nível homólogo apenas quatro sociedades apresentaram um crescimento: a Mota-Engil (34,8%), J. Martins (18,4%), Ibersol (9,3%) e BCP (7,2%). Já as sociedades que apresentaram uma maior diminuição homóloga foram: a Altri (-31,9%), a Navigator (-26%), a Galp (-19,3%), a Semapa (-19%), a EDP Renováveis (-18,7%), a Sonae SGPS (-18,4%), a EDP Renováveis (-18,7%) e a Greenvolt (-16,6%).

“A variação homóloga, confirma as energias renováveis em desaceleração e as condições desfavoráveis dos mercados internacionais para as papeleiras. As papeleiras vêm sendo afetadas pelas condições de preço e volume da oferta e procura no mercado internacional, e influência dos preços da energia na sua estrutura de custos”, salienta a análise, acrescentando que “por outro lado, as energias renováveis não vivem os seus melhores dias devido ao sobreaquecimento dos mercados de grande dimensão e influência negativa do aumento das taxas de juro”.

Mercados Internacionais

Nos mercados internacionais o índice S&P 500, que engloba as maiores 500 sociedades cotadas na NYSE, apresentou em maio um crescimento mensal de 0,2% e um aumento anual de 8,9%. Já o tecnológico Nasdaq, apresentou um crescimento de 5,8% em maio e registou um aumento anual de 16,8%, tendo entrado para o bullmarket.

O índice STOXX 600 que agrega as 600 maiores sociedades cotadas europeias, após uma diminuição de -12,9% em 2022, entrou em bullmarket em fevereiro de 2023. Este índice sofreu uma diminuição de -3,1% em maio, mas apresenta um aumento anual robusto com um acréscimo de 6,3%.

A nível anual o IBEX 35, apresenta um crescimento de 10%, ampliando-se o grande «atraso» anual do PSI face ao mercado espanhol. O comportamento anual do mercado espanhol deve-se à forte evolução positiva dos setores energético, bancário e comunicações, permitindo recuperar a totalidade das perdas ocorridas em 2022.

Já o desempenho do índice londrino FTSE 100 em maio foi negativo, ficando ligeiramente abaixo do final de 2022, depois de ter atingido o máximo histórico em fevereiro de 2023.

Outlook bolsista

“Confirma-se que em 2023, o PSI terá muita dificuldade em manter um desempenho acima da média das bolsas internacionais, como ocorreu em 2022”, é admitido na análise, “mantem-se a perspetiva de consolidação do PSI na faixa de variação [5750   –  6300] com afastamento do nível de suporte, através de deslocamento para uma posição mais central e na direção do nível de resistência. Desta forma o PSI deverá manter o seu bullmarket”, é referido na análise.