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PSI encerra no ‘vermelho’. Corticeira Amorim perde mais de 2%

O índice de Lisboa segue a tendência de decréscimo das bolsas europeias, influenciada pelos números que colocam a economia alemã em xeque, numa situação de recessão técnica.
25 Maio 2023, 17h01

A bolsa de Lisboa terminou a sessão desta quinta-feira, dia 25 de maio, a negociar em terreno negativo, ao perder 1,12%, até aos 5.888,88 pontos, com o maior decréscimo a ser protagonizado pela Corticeira Amorim, nos 2,06%, até aos 9,99 euros por título.

Entre as perdas mais acentuadas surgiram também a Galp, que tombou 1,98%, para 10,38 euros. Segue-se a REN, que cai 1,98% e ficou nos 2,475 euros, ao passo que a EDP contraiu 1,82%, até aos 4,58 euros por ação.

No que diz respeito aos maiores ganhos, a Altri foi líder, a contrariar a tendência geral, depois de crescer 1,00%, até aos 4,25 euros.

O sentimento negativo é vivido também nas principais praças europeias. O Reino Unido registou a queda mais pesada, em 0,72%, para 1.227,3 pontos. Seguem-se Espanha, que escorregou 0,50%, até aos 9.117,91 pontos, ao mesmo tempo que Itália perdeu 0,50% e terminou a sessão nos 2.588,3 pontos. Em França, o decréscimo fixou-se em 0,33%, para 7.229,27 pontos. A Alemanha contraiu 0,28% e ficou nos 15.798,45 pontos, no dia em que foram dados a conhecer dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) alemão no primeiro trimestre, que sofreu uma quebra, deixando a economia alemã em recessão.

Nos custos dos combustíveis observaram-se reduções acentuadas. O brent está em queda, nos 3,65%, até aos 75,50 euros por barril, ao mesmo tempo que o crude está a contrair 4,12%, com o barril a ser negociado em 71,27 dólares. No caso do gás natural, observa-se uma baixa de 3,51%, para 2,476 dólares.

“A generalidade das principais praças europeias encerrou a sessão em baixa. Apesar da forte valorização da Nvidia em reação à apresentação de contas estar a levar a um disparo superior a 2% do Nasdaq 100 em Wall Street e ter animado o setor europeu, a revelação de que a economia alemã terá contraído no 1.ºtrimestre deste ano, colocando o país em recessão técnica, aliada ao reaparecimento de casos Covid na China, acabou por condicionar o sentimento”, de acordo com o analista de mercados do Millenium Investment Banking Ramiro Loureiro.

“Adicionalmente, a Fitch colocou a classificação de crédito dos EUA sob vigilância negativa, um sinal crescente de inquietação sobre o limite de dívida no país, gerando também pressão. Pese embora a divulgação de que a economia dos EUA terá crescido acima do anteriormente apontado nos primeiros três meses do ano, o deflator de preços revelou pressões inflacionistas ligeiramente superiores ao esperado, um dado observado na política monetária da Fed”, de acordo com o mesmo analista.

 

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