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PSI fecha no verde com EDP Renováveis a disparar mais de 5% e EDP mais de 4%

Apesar da leitura preliminar da inflação, no mês de junho, ter registado um novo pico, acima do esperado, os mercados não reagiram negativamente. Ainda assim as bolsas da Europa fecharam mistas. Energia e utilities em forte alta.
1 Julho 2022, 16h42

O PSI fechou a primeira sessão de Julho em alta ao subir 0,12% para 6.051,75 pontos. As ações da EDP Renováveis valorizaram 5,73% para 23,81 euros e as da EDP avançaram 4,11% para 4,63 euros. Destaque ainda para a GreenVolt que valorizou 2,99% para 7,57 euros.

Já dos sete títulos que fecharam em queda o destaque vai para a Galp que perdeu 4,69% para 10,66 euros. Mas há mais em destaque pela negativa. A Sonae caiu 2,90% para 1,1370 euros; o BCP perdeu 1,94% para 0,1618 euros; a Navigator recuou 1,51% para 3,78 euros; e a Altri perdeu 1,18% para 6,29 euros.

Na Europa não houve uma tendência definida. O EuroStoxx 50 caiu 0,19% para 3.448,3 pontos e o Stoxx 600 recuou 0,12%.

O FTSE 100 caiu para 0,01% para 7.168,6 pontos, mas o CAC 40 fechou a subir 0,14% para 5.931,06 pontos; o DAX avançou 0,23% para 12.813 pontos; o FTSE MIB cresceu 0,29% para 21.354,6 pontos e o IBEX fechou em alta de 0,96% para 8.176,1 pontos.

Nas empresas a Telecom Itália prevê rejeitar a proposta não vinculativa feita pela CVC Capital Partners, defendendo que não corresponde às expectativas. A oferta é para uma participação de 49% na nova unidade de serviços empresariais e que a CVC avaliou em 6 mil milhões de euros. As ações da Telecom Itália subiram 2,96%.

Em termos setoriais, o setor das utilities é o que mais valorizou, impulsionado pela valorização de quase 6% de EDF e pela subida da Orsted, após nova recomendação de uma casa de investimento, segundo o analista de mercados do BCP.

O setor de retalho também se destacou, impulsionado pela subida de Zalando (4,77%). Já setor de energia fecha o pódio, impulsionado por Vestas, Neste e Siemens Energy, com a subida dos preços de energia, segundo o mesmo analista.

Já no outro lado do espetro, o analista da MTrader destacou o setor tecnológico como o que mais perdeu, “penalizado pelas quedas de empresas do setor de semicondutores, como a ASM International, BE Semiconductor Industries e ASML, depois da Micron Technology ter divulgado ontem, em Wall Street, um outlook que desiludiu expetativas de mercado e apontou para um abrandamento na procura, o que elevou receios sobre o setor”.

As principais praças europeias inverteram a tendência da abertura, registando ganhos transversais em todos os índices apesar da leitura preliminar da inflação, no mês de junho, ter registado um novo pico, acima do esperado.

“No entanto, é importante notar que a inflação core, que exclui os custos de energia e alimentação, registou inesperadamente uma diminuição”, salienta o analista da MTrader, Ramiro Loureiro.

Na manhã de hoje foram também divulgados os dados de atividade industrial na zona Euro, que mostraram uma desaceleração em junho, face ao mês anterior.

O Eurostat estima que, em junho de 2022, a taxa de inflação anual da zona euro tenha sido 8,6%, aumentando 0,5 p.p. face ao registado no mês anterior (8,1%). Para Portugal, a estimativa foi de 9,0% (8,1% no mês anterior).

Destaque ainda para o ministro das Finanças alemão que deu hoje conta dos planos do país para o regresso à austeridade em 2023, com a redução da dívida, afirmando ainda que isto é “um sinal para o Banco Central Europeu”.

O operador do gasoduto Nord Stream vai parar em julho durante 11 dias, para manutenção programada, os dois segmentos que transportam gás russo para a Alemanha sob o Mar Báltico, anunciou também hoje a empresa.

Ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em forte alta as suas estimativas para o crescimento da economia portuguesa para 2022, de 4% para 5,8%, mas espera agora também que a inflação suba mais do que o esperado anteriormente.

O FMI publicou esta quinta-feira as novas previsões para Portugal. O FMI prevê agora uma inflação (harmonizada) média de 6,1% este ano. Bem acima dos 4% assumidos por António Costa e Fernando Medina no Orçamento do Estado recentemente aprovado.

O euro cai 0,77% para 1,0403 dólares.

O Brent dispara 2,29% para 111,53 dólares o barril.

No mercado de dívida soberana as bunds alemãs caem 10,42 pontos base para 1,23%. A dívida a 10 anos de Portugal está em queda de 14,64 pontos base para 2,26%; Espanha idem com os juros a recuarem 14,90 pontos base para 2,27% e Itália  vê os juros corrigirem 17,81 pontos base para 3,08%.

 

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