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Punido “severamente” eurodeputado polaco que disse que as mulheres são “mais fracas” e “menos inteligentes”

“Não irei tolerar este tipo de comportamento, em particular de quem deveria, com dignidade, representar os cidadãos europeus”, afirma o recém-nomeado presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.
14 Março 2017, 13h58

O eurodeputado polaco Janusz Korwin-Mikke, que num debate sobre as mulheres considerou que estas deviam receber menos do que os homens porque são “mais pequenas e fracas”, vai receber uma punição com uma “severidade sem precedentes” no Parlamento Europeu. O eurodeputado vai ser suspenso e perde as ajudas de custo diárias, por “atacar a igualdade de género”.

“Não irei tolerar este tipo de comportamento, em particular de quem deveria, com dignidade, representar os cidadãos europeus”, afirmou o recém-nomeado presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, durante a sessão plenária, em Estrasburgo. “Abri imediatamente uma investigação, que foi concluída rapidamente, e imponho agora sanções apropriadas à gravidade da ofensa”.

Janusz Korwin-Mikke fica suspenso de participar em todas as atividades do Parlamento Europeu durante dez dias e durante um ano não poderá representar a instituição europeia. O eurodeputado polaco verá ainda as suas ajudas de custo diárias serem canceladas durante um mês (um total de 9210 euros).

O eurodeputado terá defendido no início deste mês a discriminação salarial entre homens e mulheres, dizendo que é “claro que as mulheres devem ganhar menos do que os homens; porque são mais fracas, mais pequenas e são menos inteligentes”.

O presidente do Parlamento Europeu pede desculpa a todas as mulheres que, de alguma forma, se sentiram ofendidas pelas declarações do eurodeputado de extrema-direita, sem filiação partidária desde 2014, e sublinha que comportamentos misóginos semelhantes não passaram de ânimo leve no seio do Parlamento Europeu.

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