[weglot_switcher]

Quadrante está com Mota-Engil no projeto de construção de linha ferroviária na Nigéria

Nuno Costa, CEO do Grupo, destaca a dimensão do projeto que se constitui como “a maior obra de sempre realizada pela Mota-Engil e o maior projeto de sempre realizado pela Quadrante. Este projeto de duas empresas nacionais na Nigéria marca um crescente relacionamento entre as economias portuguesa e nigeriana, com um enorme potencial para ambos os países”.
25 Julho 2022, 12h08

A Quadrante está a desenvolver o projeto da nova linha ferroviária Kano – Maradi / Kano – Dutse, na região norte da Nigéria, um investimento superior a 1,9 mil milhões de dólares (1,85 mil milhões de euros), estando a sua construção a cargo da multinacional portuguesa Mota-Engil.

“O projeto envolve a construção de uma nova linha ferroviária em bitola 1.435 mm, com cerca de 284 km, ligando três estados federais no norte da Nigéria (Kano, Kigawa e Katsina) a Maradi, a segunda maior cidade da República do Níger. Está ainda prevista a construção de um ramal com 108 km, ligando Kano a Dutse, a capital do estado de Jigawa, e cerca de 100 km de linha em pátios de manutenção e mercadorias”, diz a Quadrante em comunicado.

A nova linha irá permitir a circulação a uma velocidade de 160 km/h.

A Quadrante é responsável pelo desenvolvimento do Estudo de Alternativas (Options Study), Estudo Preliminar, Projeto de Execução e Coordenação Geral de todas as especialidades. Além da linha ferroviária, o projeto inclui 19 estações ferroviárias, 5 pátios de manutenção e oficinas, 34 pontes ferroviárias, 80 passagens superiores rodoviárias e 9 passagens inferiores rodoviárias.

Nuno Costa, CEO do Grupo, destaca a dimensão do projeto que se constitui como “a maior obra de sempre realizada pela Mota-Engil e o maior projeto de sempre realizado pela Quadrante. Este projeto de duas empresas nacionais na Nigéria marca um crescente relacionamento entre as economias portuguesa e nigeriana, com um enorme potencial para ambos os países”.

“Espera-se que esta nova linha ferroviária seja um forte incentivo ao desenvolvimento económico, através da melhoria do acesso a bens e serviços, facilidade no transporte de pessoas, produtos e matérias-primas, criação de condições de crescimento para empresas e indústrias locais e aumento de oportunidades de emprego em diversas áreas”, acrescenta a Quadrante.

“Estima-se um retorno de 1,3 mil milhões de dólares anuais (1,26 mil milhões de euros), beneficiando uma população de aproximadamente 8,8 milhões de pessoas”, revela o comunicado.

O Projeto Ferroviário Kano – Maradi propõe-se ligar várias comunidades na zona norte da Nigéria e no país vizinho, a República do Níger. “Irá fornecer um meio de transporte acessível, reduzindo a pressão do tráfego na rede de transporte rodoviário existente nos estados incluídos no projeto, ligando aeroportos urbanos, grandes terrenos agrícolas e mercados”, refere ainda a empresa portuguesa.

A obra irá permitir também melhorar a relação bilateral entre a Nigéria e a República do Níger e contribuir para o compromisso da Nigéria de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas, ao criar um equilíbrio entre as necessidades da população, a segurança, a inclusão, a resiliência e a sustentabilidade ambiental, garante a Quadrante, empresa de consultoria e projeto de Arquitetura e Engenharia.

Tiago Costa, responsável pela unidade de negócio de Infraestruturas de Transportes da Quadrante, revela que “os impactos ambientais da já foram efetuadas análises de traçado para otimizar o investimento necessário e minimizar obra”.

“Esta é uma obra de grandes dimensões que envolve quase todas as unidades de negócio da Quadrante”, acrescenta o gestor. “A nossa experiência em ferrovia, em projetos de edifícios e também o histórico de trabalho com a Mota-Engil, tem sido fundamental para garantir uma correta coordenação entre equipas e a integração das diferentes vertentes do projeto”, conclui.

A Quadrante relata a sua “larga experiência em projetos de ferrovia”, destacando a Eletrificação e Reabilitação de 100 km dos Lotes 3 e 4 da Ferrovia Cluj – Napoca – Oradea – Episcopia Bihor, na Roménia; a Assistência Técnica da Nova Ligação Ferroviária entre Évora Norte e Elvas/Caia com 84 km de extensão; a Modernização e Eletrificação de 87 km da Linha do Oeste, entre Meleças e Caldas da Rainha; a Revisão do Projeto Base de 165km de via dupla de alta velocidade entre Poceirão e Caia da Ligação Lisboa/Madrid; o Estudo Prévio e aprovação ambiental de 120 km da ligação ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa e o Porto, entre Alenquer e Pombal, designado como o Lote C1; a Análise e verificação do Projeto Base de prolongamento e reabilitação da via-férrea que liga Moatize ao Porto de Nacala em Moçambique, com um total de 550 km de extensão; entre outros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.