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Quase metade da população do Brasil não tem acesso a saneamento básico adequado

De acordo com o Atlas Esgotos, para cumprir as necessidades da área urbana do país, eram necessários 150 mil milhões de reais em investimento.
25 Setembro 2017, 10h39

No Brasil, 45% da população ainda não têm acesso a um serviço adequado de saneamento básico, segundo o Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas divulgado pela Agência Nacional de Águas e pelo Ministério das Cidades esta segunda-feira.

O estudo traz informações sobre os serviços de esgotos sanitário no país, com foco na proteção dos recursos hídricos, no uso sustentável para diluição de efluentes e na melhor estratégia para universalização desses serviços.

O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) considera que o saneamento básico comporta o uso de fossa séptica ou rede de colheita e tratamento de esgoto. Dentro desse critério, 55% dos brasileiros dispõem do serviço adequado.

A publicação aponta que 43% são atendidos por sistema coletivo (estação de tratamento de esgotos); 12%, por fossa séptica (solução individual); 18% têm o esgoto disponível mas não é tratado; e 27% não têm qualquer atendimento neste parâmetro.

Em cada um dos 5.570 municípios do país foram realizadas avaliações para este efeito, sempre considerando as diversidades regionais e a abordagem por bacia hidrográfica. No estudo são consideradas exclusivamente as residências urbanas e não foi avaliada a prestação do serviço na área rural.

O documento divide o país em 12 regiões hidrográficas: Amazónica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Uruguai, Paraná e Paraguai.

De acordo com o Atlas Esgotos, a universalização do esgotamento sanitário na área urbana do país necessitaria de 150 mil milhões de reais em investimento, tendo como horizonte o ano de 2035. Cerca de 50% dos municípios, que precisam de serviço de tratamento convencional de esgoto, precisam de 28% do valor estimado. Já 70 dos 100 municípios mais populosos requerem solução complementar ou conjunta e concentram 25% do total de investimento.

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