“Quebras significativas” nas reservas obrigam TAP a cancelar mil voos entre março e abril

Devido à quebra no volume de reservas em março e abril, motivadas pelo surto do coronavírus (Covid-19), a TAP accionou um plano de contingência que visa cancelar de “imediato voos com menor procura” de modo a “proteger a saúde dos seus trabalhadores e passageiros”.

No comunicado enviado às redações, esta quinta-feira, a companhia aérea portuguesa explica que serão cancelados um total de mil voos. Esta medida irá reduzir a capacidade da empresa entre 4% a 6% em abril.

“Estes cancelamentos incidem especialmente na operação para cidades nas regiões mais afetadas, sobretudo Itália”, informa o comunicado da empresa portuguesa, acrescentando que “contemplam também a redução de oferta em outros mercados europeus que mostram maiores quebras da procura, como Espanha ou França, e incluem ainda alguns voos intercontinentais, dado o modelo de operação da TAP, como companhia de longo curso e conexão”.

A empresa liderada por Antonoaldo Neves informa ainda que vai contactar todos os passageiros afetados por estes cancelamentos e “em conjunto com eles encontrará as melhores opções e alternativas para a realização das suas viagens”.

A TAP considera que a fraca procura pode influenciar negativamente o valor da receita, pelo que irá optar por “proteger a integridade da sua tesouraria” e por isso suspender todos os investimentos “não críticos”, a revisão e corte de despesas “não essenciais para o negócio” ou a suspensão de contratações e novas admissões, para além da adequação da oferta à procura.