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Quer investir as poupanças? Descubra o seu perfil de investidor

Antes de fazer qualquer investimento, conheça o seu perfil de investidor. Saiba o que é, para que serve e qual é o perfil que se adequa aos seus objetivos.
9 Dezembro 2018, 11h20

Nos dias que correm, tão importante como poupar é saber fazer uma gestão responsável das suas finanças. Segundo António Ribeiro, economista da PROTESTE INVESTE, conhecer o seu perfil de investidor, “é essencial para fazer as melhores escolhas, dar resposta às suas necessidades e viver tranquilo com essas escolhas”.

Todas as pessoas são diferentes, com necessidades, recursos e objetivos diferentes, o que se reflete também nos investimentos. “Um tipo de investimento único, por exemplo, não seria adequado a todas as pessoas, pois nem todas aceitam correr riscos (por razões diferentes: ou porque já estão perto da reforma, ou porque têm poucas poupanças ou simplesmente porque querem dormir tranquilos e sem sobressaltos ou até mesmo por desconhecimento ou falta de tempo para acompanhar os produtos mais complexos e arriscados)”, explica o responsável.

Por outro lado, acrescenta, “há quem tenha muitos recursos financeiros, pelo que poderá arriscar mais, pelo menos uma parte das suas poupanças; e há quem tenha objetivos de poupança muito concretos e mais a curto prazo, pelo que o seu perfil de risco é diferente de alguém que pretende fazer uma poupança de longo prazo (por exemplo, para a reforma).”

Assim, antes de fazer investimentos, deve procurar saber qual é o seu perfil de investimento, fazendo uma análise sobre os seguintes aspetos: qual a sua tolerância ao risco, o seu horizonte temporal de investimento, o grau de conhecimentos sobre o funcionamento dos mercados financeiros e quais os objetivos do investimento.

Só após uma análise reflectida, é que poderá delinear uma estratégia de investimento, consoante o seu perfil. Esta é também uma forma de encontrar os produtos mais adequados a cada investidor, consoante as suas necessidades e disposição ao risco.

A PROTESTE INVESTE define cinco perfis diferentes de investidor: conservador, defensivo, equilibrado, agressivo e acções:

Conservador: O objetivo principal é a preservação do capital. Ao seguir esta estratégia aceita deliberadamente um rendimento reduzido. Segurança acima de tudo. São aconselhados apenas produtos de capital garantido, ou seja, sem risco, como depósitos, contas de poupança, Certificados de Aforro, Certificados do Tesouro, seguros de capitalização.

Defensivo: Propostas elaboradas consoante o objetivo de investimento, o horizonte temporal e a tolerância ao risco. Neste caso, aceita-se algum risco, mas baixo. Recomenda-se a aplicação de 45% em ações e 55% em obrigações. Poderá utilizar fundos de investimento mistos (multiativos) ou uma carteira de fundos.

Equilibrado: Indicada para quem deseja otimizar o investimento no longo prazo e está disposto a assumir um nível de risco significativo. Neste caso, propõe-se uma carteira diversificada por vários mercados de ações (55%) e obrigações (45%) de modo a obter, pelo menos, uma rentabilidade idêntica à inflação. A estratégia de investimento com um perfil moderado abre boas perspetivas de rendimento. Contudo, dado o risco terá de ser paciente e não pode ter a intenção de reembolsar o capital a curto ou médio prazo. Poderá utilizar fundos de investimento mistos (multiativos) ou uma carteira de fundos.

Agressivo: Direcionada para aqueles que desejam otimizar o investimento no longo prazo e estão dispostos a assumir um nível de risco acima da média. É aconselhada uma carteira diversificada por vários mercados de ações (75%) e obrigações (25%) de modo a obter, pelo menos, uma rentabilidade idêntica à inflação. A estratégia de investimento com um perfil agressivo abre perspetivas de rendimento superiores às de outras carteiras. No entanto, dado o elevado risco terá de ser paciente e não pode ter a intenção de reembolsar o capital a curto ou médio prazo. Ações: Pretende investir diretamente em ações e beneficiar ao máximo do potencial das empresas. Investir num número reduzido de ações implica um risco elevado. Ao diversificar por empresas de vários mercados e setores, o risco diminui, mas nunca é completamente eliminado.

Assente no pressuposto da diversificação, a PROTESTE INVESTE propõe uma carteira de 11 ações. “Trata-se de uma seleção das empresas que atualmente consideramos mais atrativas e setores bem distintos como energia, telecomunicações, automóvel, financeiras, tecnológicas e bebidas”, conclui António Ribeiro.

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