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Radiações: afaste o telemóvel por precaução, alerta Deco

Dorme com o telemóvel à cabeceira? Desligue-o ou ative o modo de voo, alerta a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor. E explica porquê: apesar de os fabricantes cumprirem as normas europeias, ainda não há estudos suficientes que garantam que a radiação emitida seja totalmente segura.
  • REUTERS / Dado Ruvic
27 Agosto 2018, 15h13

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) deixa o alerta: é quando se está a estabelecer a chamada de telemóvel ou quando as condições são de má qualidade (pouca rede, por exemplo) que se registam os valores mais elevados de radiações eletrotromagnéticas. Mas representarão um risco para a saúde dos utilizadores? A Deco diz que as opiniões dividem-se.

A Deco/Proteste explica que o chamado “teste de absorção de energia” quantifica o índice de exposição do corpo humano à radiação eletromagnética da generalidade dos dispositivos eletrónicos, entre eles, os telemóveis. A unidade de medida, indica, é a SAR (specific absorption rate) e indica o risco térmico a que o utilizador é exposto durante o uso do aparelho.

A associação recorda que para garantir a segurança dos consumidores, a União Europeia estabelece limites estritos às radiações autorizadas. A SAR máxima permitida para os telemóveis é de 2 watts por quilo de peso corporal (W/kg), um limiar 20 vezes inferior àquele que os cientistas consideram perigoso.

“Na prática, os nossos testes a telemóveis revelam que os modelos atualmente à venda apresentam valores de SAR entre 0,2 e 1,6 W/kg, estando, portanto, muito abaixo do valor máximo fixado pela norma”, avança a Deco/Proteste, realçando que, contudo, “ainda não há estudos suficientes para garantir que a radiação dos telemóveis é totalmente segura mesmo abaixo dos limites estabelecidos”.

Assim, aconselha a Deco, para limitar a exposição às radiações dos telemóveis, é prudente ter alguns cuidados. Entre as sugestões dirigidas ao consumidor deixadas por esta associação está necessidade de evitar ou encurtar chamadas em espaços confinados ou com má receção, como no elevador, no carro ou numa garagem.

Outro conselho passa por não dormir com o telemóvel na mesa de cabeceira, a não ser que tenha por hábito desligar o aparelho ou ativar o modo de voo. E, por fim, utilizar auriculares ou aproximar o ouvido do telemóvel só após o primeiro toque (quando faz uma chamada) ou depois de atender (quando recebe).

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