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Receitas da Cofina caíram 20% no primeiro semestre de 2020

Num comunicado que antecipa a divulgação do resultados semestrais, a Cofina avançou que as receitas contraíram 20% entre janeiro e junho. O grupo garante que o resultado operacional foi positivo, mas adiantou que não vai apresentar lucros no exercício, devido à pandemia da Covid-19.
  • CEO da Cofina, Paulo Fernandes
10 Agosto 2020, 09h37

As receitas do grupo Cofina tombaram 20% nos primeiros seis meses do ano de 2020, embora tenha obtido um resultado operacional positivo, indicou a empresa liderada por Paulo Fernandes, no domingo à noite, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre a “evolução do negócio no contexto Covid-19”, sem revelar valores absolutos.

Em comunicado, o grupo que detém títulos como “Correio da Manhã”, “Sábado”, “Jornal de Negócios” e o canal CMTV, salientou que os indicadores da operação agravaram-se devido pandemia da Covid-19. Desta forma, a Cofina adiantou que não vai apresentar lucros no exercício entre janeiro e junho.

“As receitas totais acumuladas no primeiro trimestre passaram a refletir uma variação negativa de 8%, quando comparadas com o período homólogo de 2019, com um decréscimo de 10% de receita de circulação, um decréscimo de 8% nas receitas de publicidade e um decréscimo de 2% nas restantes receitas”, após a declaração da pandemia da Covid-19 e de decretado o Estado de Emergência, em Portugal, indicou a Cofina.

No segundo trimestre a situação piorou. O grupo dono também do jornal desportivo Record registou uma quebra das receitas de perto de 32%, com um decréscimo de 32% na receita de circulação, 45% na receita de publicidade e 12% nas restantes.

Consequentemente, “no acumulado do [primeiro] semestre, a quebra nas receitas totais foi de 20%, com um decréscimo de 21% na receita de circulação, 29% na receita de publicidade e 7% nas restantes receitas”.

O grupo liderado por Paulo Fernandes justificou as quebras com as “condições materialmente adversas para toda a economia, que se sentiram fortemente no setor dos media”. Não obstante, a Cofina implementou “medidas de redução e absoluto controlo de custos”, o que permitiu manter o resultado operacional positivo entre janeiro e junho.

“O resultado operacional, apesar de incorporar os custos com a operação de aquisição da Media Capital e outros custos não recorrentes, [manteve-se] claramente positivo, assim como o EBITDA que, apesar de ter sofrido uma redução, permanece igualmente positivo”.

A Cofina vai divulgar as contas relativas ao primeiro semestre quando se encontrarem “concluídas e aprovadas”.

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