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Regulador nega relação entre vacina da AstraZeneca e coágulos sanguíneos. EMA continua a investigar

A Agência Europeia do Medicamento frisa “não ter chegado ainda a nenhuma conclusão e que a investigação ainda decorre”, acrescentando que espera ter novidades à cerca desta matéria entre quarta e quinta-feira.
  • REUTERS
6 Abril 2021, 16h34

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla em inglês) negou esta terça-feira ter chegado à conclusão de que existe uma ligação entre a vacina desenvolvida em conjunto pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford e a formação de coágulos sanguíneos reportados nas últimas semanas.

Num comunicado citado pela Agence France-Presse (AFP), a reguladora frisa “não ter chegado ainda a nenhuma conclusão e que a investigação ainda decorre”, acrescentando que espera ter novidades à cerca desta matéria entre quarta e quinta-feira.

O alerta chega na sequência da garantia dada pelo coordenador da Estratégia para as Ameaças de Saúde e Vacinas da Agência Europeia do Medicamento (EMA), Marco Cavaleri, esta manhã, numa entrevista publicada no jornal italiano “Il Messagero”, onde sugeriu existir uma relação entre os dois, mas que ainda não se sabe quais são as causas.

“Na minha opinião, podemos agora dizer que é claro que há uma associação com a vacina. O que causa esta reação, contudo, ainda não sabemos”, disse Marco Cavaleri. “Resumindo: nas próximas horas diremos que existe esta ligação, mas ainda temos que entender como acontece”, disse.

Marco Cavaleri explicou ainda que procuram obter “uma noção clara do que se está a passar, para definir precisamente esta síndrome induzida pela vacinação”. E que, entre os vacinados, há mais casos de trombose cerebral em pessoas mais jovens do que seria de esperar. Isto teremos de dizer”, referiu.

As preocupações com estas reações raras, mas graves, num pequeno número de pacientes tem resultado em alguns países a voltarem a suspender a inoculação desta vacina ou a restringi-la consoante a faixa etária. Na verdade, espera-se que EMA venha a recomendar limitações no uso da vacina da AstraZeneca relacionadas com a idade, disse o vice-ministro italiano da Saúde, Pierpaolo Sileri, citado pela agência de notícias italiana ANSA.

Embora a EMA já tenha frisado, várias vezes, que a vacina é “segura e eficaz”, a diretora executiva Emer Cooke deixou claro que enquanto não forem divulgados dados oficiais não é possível descartar definitivamente uma relação entre a injeção e os raros eventos de coágulos sanguíneos.

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