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Regulador financeiro acusa tabaqueiras de negociarem preços durante 20 anos

O regulador espanhol suspeita de que as empresas que detém a Marlboro, a Camel e as Lucky Strike tenham combinado preços, pelo menos, durante duas décadas.
  • Lindsay Fox / www.ecigarettereviewed.com
24 Agosto 2017, 12h48

A Comissão Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC) suspeita de que as quatro grandes tabaqueiras que operam na Espanha – Philip Morris, Altadis, Japan Tobacco International e British American Tobacco – têm negociados entre si os preços que praticam pelo menos há vinte anos.

No final do mês passado, o regulador dos mercados financeiros espanhol arquivo para sancionar tanto essas quatro empresas de tabaco como o distribuidor, Logista, depois de se ter apercebido que poderiam ter trocado informações e assinado acordos comerciais para partilhar o mercado.

O relatório do organismo presidido por José María Marín Quemada, cujas conclusões foram divulgadas esta quinta-feira pelo jornal espanhol El Economista mostram que as alegadas práticas contrariam a Lei da Defesa da Concorrência e terão começado “pelo menos desde 1998, coincidindo com a data em que o mercado foi liberalizado”.

A CNMC está a analisar todos os documentos envolvidos nos computadores e dispositivos móveis das empresas envolvidas na suspeita para perceber o motivo pelo qual cada vez que o líder do mercado, a Philip Morris, subiu o preço das suas marcas, todas as outras o fizeram, exatamente na mesma proporção de aumento.

Depois de o governo espanhol ter aumentado o imposto sobre o tabaco em 2,5% no final de 2016, as marcas que detém aumentaram todas em 10 cêntimos: o maço de Marlboro passou a 4,95 euros, o de Chesterfield 4,65 euros e o de L&M para 4,45 euros. Mais tarde, a Japan Tobacco International, proprietária da Camel e da Winston e a British American Tobacco, dona da Lucky Strike, seguiram-lhe as pisadas e fizeram o mesmo.

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