[weglot_switcher]

Reino Unido. Mais de 40 mil trabalhadores da ferrovia em greve, mas Governo não quer ceder

O primeiro-ministro disse que as greves eram “erradas e desnecessárias”. A sua mensagem ao país é de que precisa de estar pronto para “manter o curso”. Os sindicatos disseram que pode estar em causa um “verão de descontentamento” com professores, médicos, trabalhadores do lixo e advogados a planear paragens em resposta a uma inflação que chega a 10%,
21 Junho 2022, 15h09

Dezenas de milhares de trabalhadores ferroviários estão em greve no Reino Unido esta terça-feira naquele que é o primeiro dia da maior greve ferroviária do país em 30 anos. O caos deve manter-se nos próximos dias para os passageiros enfrentando mais caos, já que sindicatos e governo não mostram sinais de que vão ceder, segundo a “Reuters”.

É esperado que mais de 40 mil funcionários ferroviários façam greve nos três dias anunciados: terça, quinta e sábado. Em resultado, já hoje se sentiram os efeitos da ação desde madrugada, com interrupções em toda a rede e as principais estações desertas. O metro de Londres também foi fechado devido a uma greve separada.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que a ação vai prejudicar as empresas que ainda estão a recuperar da pandemia e que as greves eram “erradas e desnecessárias”. A sua mensagem ao país é de que precisa de estar pronto para “manter o curso”.

Uma sondagem realizada pela YouGov no início deste mês descobriu que a opinião pública estava dividida, com cerca de metade dos entrevistados a opor-se à ação e pouco mais de um terço a dizer abertamente que a apoiava.

Os sindicatos disseram que a greve em causa pode marcar o início de um “verão de descontentamento” com professores, médicos, trabalhadores do lixo e advogados a planear paragens em resposta a uma inflação que chega a 10%, urgindo resposta do governo.

“O trabalhador britânico precisa de um aumento salarial”, disse Mick Lynch, secretário-geral dos Trabalhadores Ferroviários, Marítimos e de Transporte, à “Sky News”. “Eles precisam de segurança no emprego e condições decentes.”

Durante a hora de ponta da manhã, as estradas estavam mais movimentadas do que o normal com carros, bicicletas e pedestres. Fontes dos hospitais indicaram que alguns profissionais dormiram no trabalho durante a noite para manter os cuidados.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.