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Relatório: Portugal com risco acrescido de terrorismo jihadista

Os serviços de informações têm “indícios já detetados no nosso país”, que dão conta do “agravamento de alguns fatores de risco” da ameaça terrorista em Portugal. O Relatório de Segurança Interna (RASI) será entregue esta sexta-feira na Assembleia da República.
31 Março 2017, 10h29

O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), um dos mais importantes relatórios sobre segurança, revela que a maior ameaça continua a ser o terrorismo vindo do outro lado da fronteira, que é considerado como uma preocupação comum ao resto da Europa. O RASI lembra que a “permanência de um grupo de indivíduos com nacionalidade portuguesa na região do conflito sírio-iraquiano” é um “fator de preocupação acrescida”, sobretudo no que toca “ao seu potencial regresso a Portugal ou a outro país europeu”.

As secretas portuguesas assinalam o “agravamento de alguns fatores de risco” da ameaça terrorista no nosso país e, de acordo com os analistas, o território islâmico é a maior preocupação e frisam que os prenúncios de ataques não estão “diretamente relacionados com o planeamento e execução de atentados em Portugal, mas sim com o apoio às estruturas terroristas a operar no exterior, em particular na Europa e na região sírío-iraquiana”.

2016 registou o número de crimes mais reduzido dos últimos 15 anos

O RASI relativo a 2016 revela que, embora o número de crimes violentos tenha diminuído 11,6%, o número de crimes por extorsão, violência doméstica contra cônjuge e pirataria informática registaram aumentos significativos e ocupam o maior volume de queixas feitas às autoridades. Já os crimes que mais contribuem para o sentimento de insegurança, como roubos na via pública, foram os que mais diminuiram.

Segundo avança o ‘Diário de Notícias’, os serviços de informação dão conta de que a percentagem de crimes violentos tem vindo a diminuir consideravelmente. Face a 2015, a criminalidade em geral desceu 7,1% e a criminalidade mais grave caiu 11,6%. No total foram feitas 330.872 participações de crimes contra as 356.032 contabilizadas o ano passado. Esta evolução não acontece, contudo, devido ao aumento da “proatividade policial”.

Entre as principais tipologias de crimes que registaram diminuições este ano estão os roubos “por esticão” (-24,4%), o roubo na via pública, exceto esticão (-7,7%) e o furto dentro de automóveis (-15,5%). Em sentido inverso, o furto “de oportunidade” aumentou 12,1%, assim como a violência doméstica contra o cônjuge (1,4%), extorsão (53,7%), ofensa à integridade física grave (11,1%), o roubo nos transportes públicos (0,5%) e o crime informático (21,5%).

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