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Remessas de emigrantes portugueses atingiram máximo histórico em 2021

Só em 2001, ainda antes da introdução do euro, foi o valor do ano passado superado, quando se fixava nos 3.736.82 milhões de euros. No decorrer deste século, a variação no valor das remessas dos emigrantes recebidas em Portugal descreve uma curva em U, descendo até 2009 e subindo desde 2010.
22 Fevereiro 2022, 13h00

O valor de remessas atingido em 2021 é o mais alto da era do euro. Segundo dados do Banco de Portugal, no ano passado, entraram no país 3.677.76 milhões de euros em remessas de emigrantes, mais 1,8% do que em 2020, contrariando a tendência de decréscimo que se tinha registado no ano anterior.

Os dois países onde residem mais portugueses, Suíça e França, foram também os países de origem de mais de metade das remessas recebidas em Portugal em 2021, valendo mais de 2 mil milhões de euros.

A Suíça manteve-se como principal destino de origem, ultrapassando a França pelo segundo ano consecutivo. Os emigrantes portugueses na Suíça enviaram 1.051 milhões de euros durante o ano passado, ao passo que os emigrantes radicados em França enviaram 1.023 milhões de euros para Portugal. Reino Unido e Angola ocuparam o terceiro e quarto lugares na lista dos maiores contribuintes de remessas.

“De 2001 a 2021, a variação no valor das remessas dos emigrantes recebidas em Portugal descreve uma curva em U, descendo até 2009, de modo mais pronunciado em 2002 e 2003, e predominando, desde 2010, uma tendência para a subida, mais acentuada em 2012 e 2013”, informa o Observatório da Emigração.

“Todas estas variações devem ser analisadas com cautela tendo em conta que, em alguns casos, “podem ser explicadas mais por variações cambiais do que por modificações na emigração”, salvaguarda.

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