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Salários dos portugueses ainda estão abaixo do nível anterior à crise

A recuperação do mercado de trabalho europeu não se refletiu no crescimento dos salários. Em alguns estados-membros, o rendimento disponível ainda se encontra abaixo dos níveis anteriores à crise, segundo Bruxelas.
22 Novembro 2017, 13h38

Na União Europeia foram criados cerca de oito milhões de novos empregos, entre 2014 e 2016. O relatório conjunto sobre o emprego que integra o Pacote de Outono do Semestre Europeu hoje apresentado em Bruxelas destaca a melhoria contínua do mercado de trabalho, mas alerta para o facto da recuperação não se ter refletido no crescimento dos salários.

Em alguns estados-membros, o rendimento disponível ainda se encontra abaixo dos níveis anteriores à crise.

Em concreto, entre 2014-2016, em seis países – Portugal, Bélgica, Chipre, Finlândia, Croácia e Grécia -, o crescimento dos salários reais foi negativo, assinala o documento.

No período entre 2014 e 2016, o crescimento real dos salários ficou abaixo do crescimento da produtividade na maioria dos estados-membros, salienta o relatório, chamando a atenção para o facto de se tratar de uma tendência de longo prazo. Segundo os números: entre 2000 e 2016, na União Europeia, a produtividade real por pessoa empregada aumentou 14,3%, enquanto a remuneração real por empregado cresceu 10,2%.

O relatório acentua a descida contínua que se verifica na taxa de desemprego, que atingiu, em setembro de 2017, os 7,5 % na União Europeia (8,9 % na Zona Euro), o seu nível mais baixo desde 2008.

Embora no geral todos os estados-membros mostrem melhorias, há diferenças muito substanciais entre os países. Enquanto na República Checa, a taxa de desemprego é de 3,1% e na Alemanha de 3,8%, Espanha regista 17,3% a Grécia 21,6%.

O desemprego juvenil e o desemprego de longa duração também têm vindo a diminuir a um ritmo constante. As taxas de atividade, que nunca caíram durante a crise, continuam a crescer em quase todos os estados-membros.

 

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