ao ao As energias renováveis geram poupanças de até 300 euros para as famílias portuguesas. No caso de empresas, as poupanças podem atingir até 30 mil euros em média.
A conclusão é de um estudo da Deloitte feito para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) e divulgado esta segunda-feira, 28 de março, cuja análise teve em consideração “o atual contexto do mercado grossista ibérico, o qual ficou marcado pelo aumento significativo do preço da eletricidade, devido a razões alheias à produção de eletricidade por via de energias renováveis”.
Em 2021, as renováveis contribuíram com 2,6 mil milhões de euros para travar o aumento dos preços da eletricidade no mercado grossista em 2021. Numa explicação simplista, como as renováveis têm um teto máximo devido às tarifas subsidiadas, o seu preço de compra no mercado ibérico ficou sempre abaixo dos máximos registados no Mibel ao longo de 2021.
“Assim, verificou-se que em 2021, caso não existisse produção de eletricidade com base em fontes de energia renovável, o preço do MWh da eletricidade no mercado grossista ibérico teria sido, em média, 88 euros superior ao verificado”, destacou.
No ano passado, o “diferencial de custo da PRE [Produção em Regime Especial, com direito a tarifas subsidiadas] renovável e o seu impacto no preço do mercado diário de eletricidade registou um efeito líquido positivo para o sistema superior a 2,6 mil milhões de euros, o valor mais elevado nos 10 últimos anos”, segundo o documento da Deloitte.
Analisando os disparos nos preços, a Deloitte aponta que as subidas no mercado grossista deveram-se “principalmente a fatores não relacionados com as energias renováveis, nomeadamente o aumento do preço do gás e o aumento do preço das licenças CO2 do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE)”.
A consultora aponta que o “impacto das fontes renováveis influencia positivamente o preço de mercado da eletricidade transacionada no mercado ibérico devido ao seu baixo custo marginal, o que permitiu uma poupança de 4,1 mil milhões de euros em 2021”.
É de destacar que o diferencial de custo da PRE renovável é “uma componente significativa dos CIEG (Custos de Interesse Económico Geral). Em 2021, correspondeu a 67% do valor total do encargo em tarifa relativo aos CIEG e foi cerca de 1,5 mil milhões de euros”.
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