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Residência universitária de 3,6 milhões nasce em Benfica

Ricardo Marques, presidente da Junta de Freguesia de Benfica, revela-nos que a obra deverá estar concluída até final de 2023.
9 Julho 2022, 16h00

A Junta de Freguesia de Benfica vai construir e gerir uma residência para 120 estudantes, maioritariamente para bolseiros deslocados ou de mobilidade reduzida, revela Ricardo Marques, presidente da Junta ao JE Universidades. O investimento é superior a 3,6 milhões de euros, tendo o projeto sido alvo de candidatura ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência.

O Alojamento Estudantil de Benfica ficará localizado na zona do Calhariz e enquadra-se no programa de alojamento universitário a custos acessíveis, aumentando em 24% a oferta disponível para estudantes bolseiros deslocados na cidade de Lisboa. Segundo o autarca, a obra deverá estar concluída até dezembro de 2023. Esta candidatura ficou classificada em quarto lugar, em mais de 200 candidaturas a nível nacional, adianta.

Ricardo Marques enfatiza a extrema importância do investimento, tendo em conta a realidade de Benfica, que tem no seu território a sede do Instituto Politécnico de Lisboa, a Escola Superior de Música, a Escola Superior de Educação e a Escola Superior de Comunicação Social, às quais se vai juntar o ISCAL – Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, como o JE Universidades oportunamente noticiou. Em breve estaremos a falar de perto de sete mil estudantes na freguesia.

Segundo Ricardo Marques, a residência terá vários aspetos diferenciadores, estando prevista a cobrança de 17,5% do Indexante dos Apoios Sociais. Apesar de não se tratar de um alojamento pertencente aos Serviços Sociais de uma instituição de ensino superior público, pretende-se reforçar o papel social do promotor e gestor do projeto. Por outro lado, adianta, irá ser disponibilizado um programa de acolhimento ao residente, proporcionado pela Junta de Freguesia e os seus parceiros locais.

O projeto integra áreas distintas como o acesso ao comércio, à saúde, à cultura e ao desporto, bem como o seu entrosamento com agentes de dinamização local, como as associações e clubes locais.

Ricardo Marques explica ainda ao JE Universidades que a residência será “inovadora, amiga do ambiente e de curto tempo de construção”. O terreno onde será implantada tem entrada direta para o Parque Florestal do Monsanto, está servido de transporte e equipamentos, aposta na eficácia energética, na digitalização dos serviços, no conforto habitacional, com espaços de socialização amplos, pensados também para a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e/ou condicionada.

O alojamento universitário é uma dificuldade em todo o país, mas sobretudo nos grandes centros urbanos. A escassa oferta associada aos preços praticados pelo mercado de arrendamento dificulta a vida de quem tem que estudar fora da sua área de residência familiar. Em concreto, no ano letivo de 2020/2021, as instituições de ensino superior públicas e privadas registam, em conjunto, 114.1953 alunos inscritos, dos quais apenas 28.775 são lisboetas.

Considerando que só no ensino público existem 7.318 alunos e que as alternativas ao alojamento estudantil são os privados, a preços incomportáveis em Lisboa, no geral, e em Benfica, em particular, a prioridade para o acesso ao alojamento, será para o público das escolas superiores sediadas na freguesia, adianta o autarca.

 

 

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