Chama-se Trabalho e Competências Verdes e tem como objetivo formar e requalificar trabalhadores e desempregados, no âmbito da transição energética. Ao Jornal Económico, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, adiantou como vai funcionar este programa, cuja dotação é de 20 milhões de euros.
O que está em causa com este novo programa?
O programa Trabalho e Competências Verdes foi uma das medidas anunciadas pelo Governo para ajudar as empresas a enfrentarem a atual crise energética.
O objetivo é apoiar a formação e requalificação de trabalhadores e desempregados, criando emprego qualificado no âmbito da aceleração da transição e eficiência energética.
Que oferta formativa será, então, desenvolvida neste programa?
Segundo adiantou ao Jornal Económico o secretário de Estado do Trabalho, serão desenhadas “diferentes ofertas formativas” alinhadas com as necessidades das empresas, no quadro do desafio energético. O programa ficará a cargo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
De que modo vai o IEFP auscultar as empresas?
O programa será executado na segunda quinzena de outubro. Até lá, adiantou Miguel Fontes, serão ouvidos os players relevantes, nomeadamente as associações empresariais, e os parceiros sociais para que as ofertas formativas respondam às necessidades do mercado.
Quem se poderá candidatar a estes cursos?
Estes cursos estarão abertos, por um lado, aos trabalhadores de empresas que, face à transição energética, precisem de novas competências e, por outro, a desempregados que preencham as competências mínimas, que vão variar de oferta formativa para oferta formativa.
Que componentes terão os cursos?
Segundo o secretário de Estado do Trabalho, a ideia é que os cursos tenham uma componente mais teórica e outra mais prática, já no exercício profissional.
O que está a ser pensado para que os desempregados tenham também essa componente prática?
O objetivo, indicou Miguel Fontes, é encontrar empresas que, para além de quererem requalificar alguns dos seus trabalhadores, também queiram avançar com contratações, e está a ser estudado um incentivo para que, nesses processos, os desempregados sejam privilegiados. Será assim que será garantida a componente prática.
Que setores poderão beneficiar desta medida?
Todos os sectores. Os desafios energéticos colocam-se à generalidade das empresas, pelo que os empregadores de qualquer área de atividade podem participar neste programa, explicou o referido responsável.
E quantas pessoas espera o Governo abranger com este programa?
O Governo estima que o programa abrangerá 10 mil pessoas, revelou ao Jornal Económico o secretário de Estado Miguel Fontes.
A partir de quando as pessoas vão poder candidatar-se?
O programa chega ao terreno na segunda quinzena de outubro. Nessa altura, o IEFP irá também contactar, de modo proativo, os desempregados “para lhes dar a conhecer esta possibilidade”.
Quanto custará esta medida?
O programa Trabalho e Competências Verdes tem um custo associado de 20 milhões de euros.
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