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Respostas rápidas: O que disse Vieira da Silva no Parlamento sobre a Raríssimas?

Vieira da Silva foi ouvido no Parlamento sobre ligações à Raríssimas. Audição surge depois de suspeitas de gestão danosa na Associação onde o governante foi vice-presidente da assembleia geral entre 2013 e 2015.
  • Cristina Bernardo
18 Dezembro 2017, 18h12

O ministro do Trabalho foi ouvido no Parlamento esta segunda-feira sobre caso de alegada gestão danosa na Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras. Audição de Vieira da Silva na Comissão de Trabalho e Segurança Social começou perto das 16 horas. Saiba aqui os esclarecimentos que já foram dados por Vieira da Silva.

Por que razão não ordenou uma inspeção no momento em que tomou conhecimento de suspeitas na instituição?

Eram aguardadas para hoje, na audição na Comissão do Trabalho e Segurança Social, as explicações do governante sobre o facto de não ter ordenado uma inspeção no momento em que tomou conhecimento de suspeitas na instituição. Vieira da Silva confirma que solicitou à uma inspecção global à Raríssimas, tendo em conta “o justificado alarme” provocado pela divulgação de alegadas irregularidades na gestão financeira pela TVI. E que já antes, a 31 de julho, tinha solicitado a intervenção do Instituto da Segurança Social, na sequência de um ofício dirigido ao seu gabinete que dava conta de denúncias de natureza estatutária. “Não caiu em saco roto”, diz Vieira da Silva.

Tinha ou não conhecimento da alegada gestão danosa da ex-presidente?

Vieira da Silva já garantiu que “nunca” recebeu “denúncias de gestão danosa”. O governante, que ao longo da semana passada falou três vezes sobre este caso, tem reiterado estar de consciência tranquila. Mas soube-se, entretanto, que  ministro responsável pela Segurança Social soube que existiam problemas na IPSS a 22 de junho, após uma reunião com a presidente, Paula Brito e Costa.

Sobre esta reunião Vieira da Silva garantiu hoje que na reunião com a presidente da Associação foram comunicadas irregularidades relativas a “utilização indevida” de donativos de uma secção da Raríssimas. “Foi comunicado oralmente e dei o conselho de enviar todos os elementos para o Ministério Público, porque poderia afectar a imagem e o bom nome da Associação”, afirmou o governante na audição da Comissão do Trabalho e Segurança Social, realçando que o conselho “foi seguido”.

Moveu as suas influências para beneficiar a instituição?

A pergunta surge numa altura em que surgem notícias que dão conta que o que o governante sabia que Paula Brito e Costa andava a apresentar a Raríssimas como fundação, quando na verdade não o era – havendo até um parecer negativo sobre a passagem a fundação por parte da Direção Geral da Segurança Social (tutelada precisamente por Vieira da Silva). Na sexta feira, Paula Brito e Costa garantiu, numa entrevista à RTP, que nunca nenhum político tinha ajudado tanto o projeto: “Ficar-lhe-ei grata para o resto da vida”.

No Parlamento, o governante assegurou hoje: “não houve qualquer favorecimento a esta associação no modo como este ministério, sob minha responsabilidade, se relacionou com a Raríssimas”. Vieira da Silva afirmou ainda “de forma enfática” que, tendo participado num dos seus órgãos sociais durante dois anos, não retirou “nenhum benefício pessoal ou material”.

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