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Respostas Rápidas: O que distingue o novo acordo EUA-México-Canadá do Nafta?

Chegou ao fim o impasse nas negociações do novo acordo comercial entre os Estados Unidos, Canadá e México (AEUMC), que põe fim ao antigo Nafta. Saiba o que vai mudar.
  • Kevin Lamarque/REUTERS
1 Outubro 2018, 18h59

Em que consiste o novo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (AEUMC)?

O AEUMC é um novo acordo comercial entre os três principais países da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México) assinado este domingo, após meses de negociações. O novo acordo surge em substituição do antigo Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendia ser “o pior acordo comercial alguma vez assinado”, ao contribuir para o défice comercial e para a perda de empregos.

Quais as linhas gerais do acordo?

Os termos do novo acordo ainda não foram oficialmente revelados, embora já se conheçam algumas medidas. O acordo estabelece que, dentro de cinco anos, cada veículo produzido deve ter 75% de construção regional (em comparação com os atuais 62,5%). Os fabricantes devem ainda utilizar pelo menos 70% do aço e do alumínio proveniente destes três países.

Outro dos pontos deste acordo é a independência energética que é dada ao México, passando este a deter todos os hidrocarbonetos do seu subsolo. Ainda assim, as empresas petrolíferas estrangeiras vão doer continuar a produzir petróleo no México. Com este novo acordo, o Canadá dá também acesso aos produtores de leite dos Estados Unidos a 3,5% do mercado doméstico anual de 16 mil milhões de dólares.

De que forma este acordo é uma vitória política para Donald Trump?

Apesar de se tratar de um acordo de comércio livre entre estes três países, os Estados Unidos são os que mais beneficiam com o AEUMC. O acordo simboliza também uma vitória política para Donald Trump, pouco antes de ser desafiar as eleições parlamentares americanas em novembro. O AEUMC foi fechado a tempo de permitir que seja assinado pelo presidente mexicano cessante, Enrique Peña Nieto, que deve deixar o cargo em dezembro, evitando assim que o novo acordo comercial passe pelas mãos do novo presidente, Andrés Manuel López Obrador, que se afirma anti-Trump.

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