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Respostas Rápidas: Quem são os dirigentes do SL Benfica arguidos em processos?

Vouchers, ‘e-mails’, e-toupeira, operação Lex e Mala Ciao são os processos associados ao SL Benfica. Quem são os dirigentes do clube da Luz arguidos nos processos mais mediáticos?
  • Tiago Petinga/Lusa
9 Outubro 2018, 15h57

Quem são os arguidos associados ao SL Benfica nos processos jurídicos mais mediáticos?

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira e o ex-assessor jurídico Paulo Gonçalves, são os dois elementos que se encontram sob investigação das autoridades, sendo que já foi comunicada a saída do ex-assessor jurídico do clube da Luz.

Em que casos estão envolvidos cada um dos arguidos?

Luís Filipe Vieira foi constituído arguido na operação Lex, embora os seus advogados já tenham vindo a público desmentir tal facto. Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do clube é arguido no processo da operação E-toupeira. A Procuradoria-Geral da República confirmou esta terça-feira, 9 de outubro, que Paulo Gonçalves foi também constituído arguido no caso dos e-mails.

Juntam-se ainda três pessoas cuja identidade é desconhecida no seguimento de buscas feitas ao Sport Lisboa e Benfica no passado mês de junho.

Quais as razões porque foram constituídos arguidos?

Luís Filipe Vieira é arguido na operação Lex, por suspeitas de tráfico de influências, no âmbito desta investigação que resultou de uma certidão extraída da designada operação “Rota do Atlântico” e que investiga Rui Rangel desde 2016. Em causa estão suspeitas de tráfico de influências relacionadas com processos que se prendem com impostos do filho de Luís Filipe Vieira e decisões que o juiz desembargador fez valer junto dos tribunais.

O ex-assessor jurídico Paulo Gonçalves é arguido na operação E-toupeira, no qual é acusado de 79 crimes. Um de corrupção ativa, um de oferta ou recebimento indevido de vantagem, seis de violação de segredo de justiça e de 21 crimes de violação de segredo por funcionário, em coautoria com os arguidos Júlio Loureiro e José Silva (ambos funcionários judiciais).

Paulo Gonçalves é ainda acusado de 11 crimes de acesso indevido (em coautoria), de 11 crimes de violação do dever de sigilo (em coautoria) e 28 crimes de falsidade informática. O ex-assessor das ‘águias’ foi também constituído arguido no caso dos e-mails, desconhecendo-se as acusações.

As outras três pessoas foram constituídas arguidas no seguimento das buscas feitas ao Sport Lisboa e Benfica, por suspeitas dos crimes de branqueamento e fraude fiscal.

Quais são os casos em que se encontra envolvido o Benfica?

São cinco os processos: vouchers, e-mails, e-toupeira, operação Lex e Mala Ciao.

Como foram desencadeados cada um dos processos?

Vouchers: em outubro de 2015, Bruno de Carvalho, então presidente do Sporting, denunciou em direto numa entrevista na TVI24 ofertas feitas pelo Benfica aos árbitros, delegados e observadores que apitavam os jogos do clube em casa, fosse na Luz ou no centro de estágio do Seixal. O ‘kit Eusébio’ era composto pela oferta de uma camisola e quatro jantares no restaurante Museu da Cerveja.

E-mails: no dia 11 de abril de 2017, Francisco J. Marques, diretor de comunicação do Futebol Clube Porto, iniciava no Porto Canal a revelação do conteúdo de alegados e-mails do Benfica. As revelações ganharam mais impacto, quando em junho Francisco J. Marques denunciou um alegado esquema de corrupção das ‘águias’ para favorecer os árbitros, tendo mostrado no Porto Canal a alegada correspondência entre Paulo Gonçalves e Nuno Cabral, ex-árbitro e na altura delegado da liga de clubes.

Operação Lex: Luís Filipe Vieira terá alegadamente pedido ao juiz desembargador Rui Rangel que intercedesse num processo fiscal relacionado com uma das suas empresas. Em contrapartida, o juiz tinha a promessa de um cargo na futura universidade dos encarnados.

Operação E-toupeira: este processo foi dado a conhecer ao público em março deste ano, quando Paulo Gonçalves foi detido, tal como um técnico informático do IGFEJ, José Nogueira da Silva. É o único caso que já tem consequências judiciais.

Mala Ciao: no dia 25 de junho de 2018, a Polícia Judiciária e o Ministério Público do Porto fizeram 24 buscas a quatro clubes. Vitória de Setúbal, Paços de Ferreira, Desportivo das Aves e Benfica. Os motivos prendiam-se com uma alegada corrupção desportiva, sendo os encarnados suspeitos de terem subornado atletas de outros clubes para vencerem os encontros contra o Futebol Clube do Porto.

 

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