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Reunião com especialistas “representa uma nova fase em termos de transição de pandemia para endemia”, diz Marcelo

O Presidente explica que a reunião chega numa altura em que se assiste a “uma diminuição progressiva e sustentada no numero de casos, de internamentos em UCI [unidades de cuidados intensivos] e o numero de mortes”, frisando que está “tudo a caminhar no mesmo sentido”.
14 Fevereiro 2022, 17h54

O Presidente da República considera que a próxima reunião de especialistas, na próxima quarta-feira 16 de fevereiro, irá representar uma nova fase da pandemia, garantindo que não será anunciado “nada de muito novo” uma vez que essas indicações têm sido dadas nos últimos dias “como forma de preparar a opinião pública”.

“[A reunião] representa uma nova fase em termos de transição de pandemia para endemia”, disse o Chefe de Estado, esta segunda-feira, aos jornalistas.

Questionado sobre que medidas deverão ser anunciadas, Marcelo frisou que “o alivio das restrições tem vindo a ser anunciado para preparar a opinião publica para corresponder avaliação dos especialistas”, afirmou. “nada melhor do que ouvir os especialistas sobre a situação vivida que no fundo se traduz nisto”.

O Presidente explica que a reunião chega numa altura em que se assiste a “uma diminuição progressiva e sustentada no numero de casos, de internamentos em UCI [unidades de cuidados intensivos] e o numero de mortes”, frisando que está “tudo a caminhar no mesmo sentido”.

Tal como avançou o conselheiro de Estado e antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, no seu habitual espaço de comentário político aos domingos, na SIC, esta nova reunião, que terá lugar pelas 10h e decorrerá por videoconferência.

Nas últimas reuniões, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa, a titular da pasta da Saúde, Marta Temido, e a quase totalidade dos peritos que apresentaram comunicações estiveram juntos nas instalações do Infarmed.

Só os representantes dos partidos parlamentares e dos parceiros sociais, bem como os conselheiros de Estado, participaram nessas reuniões por videoconferência.

A ideia de voltar a reunir políticos e especialistas, para uma avaliação da situação epidemiológica em Portugal, foi avançada pelo primeiro-ministro na terça-feira passada, aditando então aos jornalistas que iria abordar esse assunto com o Presidente da República até ao final dessa semana.

Esta nova reunião com peritos insere-se num contexto em que se considera que Portugal já terá atingido há cerca de 10 dias um pico em termos de casos de cCvid-19, com o número de infeções a apresentar agora uma trajetória descendente.

Portugal registou nas últimas 24 horas, mais 35 mortes e 8.463 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgados esta segunda-feira.

Apesar de, por norma, as segundas-feiras serem dias com números mais baixos de novos casos, tanto pelo menor número de testes feitos ao longo do fim-de-semana, como pelos potenciais atrasos na comunicação dos novos casos positivos, há mais de um mês e meio que não se registava um número tão baixo de casos diários — desde 27 de dezembro, também uma segunda-feira, quando foram contabilizados mais 6334 infectados. Este é também o primeiro dia de 2022 com menos de 10 mil casos diários.

Há mais 66 pessoas internadas nos hospitais portugueses, contabilizando-se agora um total de 2364 pacientes hospitalizados com covid-19. Por outro lado, há menos sete pessoas com a doença em unidades de cuidados intensivos, num total de 148.

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