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Rui Rio considera “evidente” o “desgaste e desorientação” do Governo e defende remodelação (com áudio)

Pressionado a apontar nomes, nomeadamente o do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Rio sublinha que não lhe cabe a ele referir “ministro A, B, ou C” mas que “se fosse o primeiro-ministro já tinha feito” uma mudança no Executivo. 
5 Julho 2021, 13h21

O líder da oposição afirma que é “evidente que o Governo precisa de um remodelação”, tendo em conta o “notório desgaste e a desorientação” do Executivo de Costa.

Em conferência de imprensa, à margem do ciclo de conferências da ANJE “PME XXI – Qual o Futuro?”, no Porto, esta segunda-feira, Rui Rio ressalva ser evidente “o desgaste brutal” do atual Governo e argumenta que é “é importante para o país que o Governo ganhe novo ânimo, dinâmica e nova organização”. Aos jornalistas, o presidente do PSD afirmou que a atual composição governamental “está gasta”.

Pressionado a apontar nomes, nomeadamente o do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, Rio sublinha que não lhe cabe a ele referir “ministro A, B, ou C” mas que “se fosse o primeiro-ministro já tinha feito [uma remodelação]”.

Em reação à notícia do “Público“, que dá conta que Portugal foi dos países da OCDE que menos apoios disponibilizou às empresas, o líder parlamentar considerou não ser uma surpresa uma vez que “o PS não é dos mais ligados às empresas, e quando se junta ao Bloco de Esquerda e ao PCP torna-se muito mais difícil”.

“O principal erro do PS nem é tanto este, mas é toda uma governação do passado do tempo do PS que levou a dívida pública para patamares brutais”, acrescentou, relembrando que os valores atuais da dívida pública representam 130% da do PIB.  “Nós mesmo que tivéssemos um governo  melhor que este, e mais amigo das empresas, nunca conseguiríamos fazer o que os outros fazem porque não tivemos juízo ao longo do tempo”.

A maior crítica cai sobre o facto de os apoios disponíveis não serem “os montantes desejáveis”, fazendo, por isso, uma comparação aos países do Norte, nomeadamente, a Alemanha que ” têm níveis de endividamento muito mais baixos do que os nossos e têm uma capacidade de reação de adversidade à pandemia que nós não temos”.

No mesmo momento, o líder do PSD quer que a Direção-Geral da Saúde (DGS) ou outra entidade do Ministério da Saúde venham a público explicar quais as regras para quem já tem a vacinação completa e teve algum contacto de risco com infetados. Porque, diz Rui Rio, o primeiro-ministro tem a duas doses da vacina há muito tempo 3 supostamente tem o problema de imunidade resolvido durante um ano, mas “teve que ficar em quarentena quando entrou em contacto com alguém infetado”. “Isso é o que acontece a qualquer um de nós que não tenha as duas doses… Afinal como é? Quais são as regras que os portugueses têm que seguir?”, questiona-se sobre o assunto.

Assim, Rui Rio defendeu a necessidade de se perceber “exactamente quais as regras, ou fica uma baralhação que ninguém se entende”. E vincou que “ninguém entendeu” porque é que o primeiro-ministro teve que ficar em casa mesmo depois de um primeiro teste negativo. Além disso, primeiro, o isolamento “era de 14 dias e agora é menos”, acrescentou. “Qual a diferença para o que não têm a vacina? É preciso esclarecer.”

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