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Rui Rio diz que PSD vai continuar a apoiar estado de emergência sem “cálculos partidários”

Presidente do PSD realçou que o combate do Governo à pandemia “não tem sido feito da melhor maneira” e coloca dúvidas quanto à necessidade de manter aulas presenciais no 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade.
  • Flickr/PSD
12 Janeiro 2021, 19h10

O presidente do PSD, Rui Rio, anunciou através de uma mensagem de vídeo enviada para as redacções que o seu partido continuará “obviamente” a apoiar o estado de emergência, confirmando a orientação de voto no debate desta quarta-feira na Assembleia da República, mas não deixou de fazer críticas ao Governo, cujo combate à pandemia de Covid-19 “não tem sido feito da melhor forma”.

“Não há espaço para cálculos partidários. Só espaço para os portugueses se unirem e combaterem este inimigo comum que está a matar portugueses e a matar a economia”, disse o líder social-democrata, na sequência da conversa telefónica com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da ‘reunião do Infarmed’, na qual foram apresentadas as perspectivas de evolução da pandemia em Portugal.

Realçando que os especialistas foram unânimes em anunciar que nas próximas duas semanas “já não temos como escapar a 14 mil novos infetados num só dia”, Rui Rio insistiu que o país “não pode continuar como até aqui para não multiplicarmos os infetados e, pior do que tudo, os óbitos”.

“Zona cinzenta” nas aulas presenciais

Na mesma mensagem de vídeo o presidente do PSD abordou a “questão nevrálgica” da educação, e apesar do consenso quanto à manutenção das aulas presenciais para alunos até 12 anos, Rio disse que existe uma “zona cinzenta” no que toca aos inscritos dos 7.º, 8.º e 9.º anos, defendendo que “do ponto de vista sanitário tudo aconselharia a que não tivessem também aulas presenciais”.

Evidente, na opinião do líder social-democrata, é a necessidade de restringir a atividade presencial no ensino secundário e superior às avaliações em curso para o final do primeiro semestre nos cursos superiores. E quanto à duração do estado de emergência, depois de o primeiro-ministro António Costa ter mencionado que estaremos perante um ciclo de um mês, Rio realçou que constitucionalmente durará duas semanas “e logo se vê se é renovado”.

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