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Rússia garante que vacina Sputnik V tem eficácia de 92%

Moscovo pretende produzir 800 mil doses da vacina no mês de novembro, seguindo-se 1,5 milhões em dezembro, sendo que o maior volume de produção por mês será a partir do início de 2021.
11 Novembro 2020, 10h36

A Rússia garante que a sua vacina contra a Covid-19 denominada Sputnik V tem uma eficácia de 92%, de acordo com os resultados dos testes provisórios, revelados pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF na sigla inglesa) esta quarta-feira, 11 de novembro, escreve a agência “Reuters”.

A Rússia registou a Sputnik V para uso público em agosto, sendo o primeiro país a fazê-lo. “Estamos a mostrar com base nos dados que temos uma vacina muito eficaz”, afirmou o chefe da RDIF, Kirill Dmitriev. Os resultados provisórios foram baseados em dados dos primeiros 16 mil participantes do ensaio que receberam as duas vacinas, a do RDIF, que tem apoiado a vacina e a aquela que é comercializada globalmente.

Os estudos russos vão continuar durante mais seis meses, segundo um comunicado do RDIF. O chamado ensaio de fase III da injeção desenvolvida pelo Instituto Gamaleya está a ser feito em 29 clínicas de Moscovo e envolve 40 mil voluntários, com um quarto a receber uma injeção de placebo.

Os resultados mostraram que as hipóteses de contrair Covid-19 foram 92% menores entre as pessoas vacinadas com a Sputnik V do que aquelas que receberam a injeção de placebo, disse o RDIF. A vacina foi chamada de Sputnik V em homenagem ao satélite da era soviética que desencadeou a corrida espacial.

Moscovo pretende produzir 800 mil doses da vacina no mês de novembro, seguindo-se 1,5 milhões em dezembro, sendo que o maior volume de produção por mês será a partir do início de 2021.

A Rússia também está a testar uma vacina diferente, produzida pelo Vector Institute na Sibéria, e está prestes a registar uma terceira, informou o presidente Vladimir Putin na terça-feira, acrescentando que todas as vacinas do país foram eficazes.

“Os estudos já mostraram e confirmaram que, em primeiro lugar, estas vacinas são seguras e não têm efeitos colaterais graves após o uso e, em segundo lugar, todas são eficazes”, afirmou à agência de notícias “RIA”.

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