[weglot_switcher]

Russia oferece dinheiro para recrutar voluntários para a guerra na Ucrânia. Experiência nem sempre é exigida

A Rússia tem se focado em regiões mais pobres e isoladas para recrutar voluntários, recorrendo ao patriotismo, mas também a robustas recompensas monetárias.
30 Julho 2022, 18h04

Estão em curso formações de batalhões de voluntários por toda a Rússia para participarem na guerra na Ucrânia, juntando-se à chamada “operação militar especial” declarada pelo presidente Vladimir Putin em fevereiro, revela a ‘CNN’.

No processo de recrutamento, o Governo russo tem apelado ao patriotismo, mas também às carteiras dos russos, sendo que a experiência militar nem sempre é necessária.

Os analistas avaliam que mais de 30 mil voluntários podem ser mobilizados para complementar as fileiras russas esgotadas ao longo dos cinco meses de combate – entre um quarto e um terço da força mobilizada para conquistar a região leste de Donbas, cidade para onde a maioria dos voluntários provavelmente serão enviados.

Na semana passada, Richard Moore, chefe do MI6, o serviço secreto de inteligência do Reino Unido, afirmou, em declarações à CNN que “os russos terão cada vez mais dificuldade em fornecer mão de obra e material nas próximas semanas”, acrescentando que o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia está “perdendo o fôlego”.

Vladimir Putin tem resistido à ideia de uma mobilização geral na Rússia. Assim, estes batalhões são uma maneira de aumentar o efetivo militar da Rússia sem recorrer a uma medida tão drástica.

Para além disso, os russos têm se focado em regiões mais pobres e isoladas para recrutar voluntários, recorrendo a robustas recompensas monetárias.

O impacto que esses batalhões poderão ter na guerra é ainda uma questão em aberto. Unidades de voluntários chechenos desempenharam um papel fulcral na campanha em Donbas, especialmente em Mariupol, mas esta era uma unidade relativamente bem equipada e com experiência militar, algo que não se aplica a batalhões reunidos noutras zonas da Ucrània.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.